quinta-feira, março 29, 2007

ArtigoQuestão de direitos

Racismo??????
--> --> -->Sueli Carneiro Uma frase da ministra Matilde Ribeiro alcançou enorme repercussão e reações que, na maioria dos casos, vê na frase, incitação ao ódio racial e racismo às avessas. Costuma-se reduzir o problema do racismo no Brasil ao domínio dos afetos sendo o tema mais complexo. Racismo é um dispositivo de poder que estrutura, naturaliza, e justifica privilégios e exclusões baseados em supostas superioridades e inferioridades atribuídas aos diferentes grupos humanos. O que caracteriza o racismo é a transformação do sentimento de estranhamento que a diferença produz em ação discriminatória ou estratégia de poder para um determinado grupo humano. Ou seja, quando alguém ou um grupo cultural e socialmente racializado (posto que raças no sentido biológico não existem) tem o poder de inferiorizar outro e cercear, impedir ou negar o acesso individual ou coletivo a qualquer dimensão da vida social ou atingir a sua imagem e dignidade humana acarretando-lhes prejuízos materiais ou simbólicos. Portanto, nenhum branco está obrigado a gostar de negros como igualmente nenhum negro está obrigado a gostar de brancos. Estamos ambos obrigados a não nos discriminar, a não violar os direitos recíprocos que temos: de ir e vir, a uma imagem positiva, destituída de estereótipos, à valorização cultural; a ter oportunidades sociais iguais, de não cometer injúria ou difamação baseadas em cor de pele, raça ou etnia. É o ato concreto de discriminação que caracteriza o racismo e não os sentimentos de simpatia ou antipatia que possamos ter uns pelos outros, muito embora eles possam ser determinados pelo ideário racista que instituiu as supostas diferenças que ancoram até o presente as desigualdades raciais e étnicas. E que deve ser permanentemente combatido para que os sentimentos que esse ideário forjou possam dar lugar a uma disposição positiva em relação à diversidade humana. Enquanto isso não for possível, que a lei possa nos proteger a todos. --> --> -->
Sueli Carneiro é Doutora em filosofia da educação pela USP e diretora do Geledés – Instituto da Mulher Negra

terça-feira, março 27, 2007

Novidades nos selos Genocide Prods e Kill Again Records

GENOCIDE PRODS
Como muitos devem saber, o site da Genocide Prods. acabou de completar um ano no ar, com a incrível marca de 27.500 visitas.
Para comemorar, temos mais uma promoção, dessa vez para quem aprecia o formato mais foda do Underground, o bom e velho Compacto de 7 polegadas !!!
Escolha 4 compactos por apenas R$ 60,00 (Correio Incluso)
Confiram os itens disponíveis:
http://www.genocide.com.br/categoria.php?cat=74

Já aproveitamos para informar nossos próximos lançamentos, já para o mês de abril/maio:
GPR 007 IMPETUOUS RAGE- “Inverted Redemption” (CD) Death Metal
GPR 008 AMENTHIS- “Dualism” (CD) Death Metal
GPR 009 VULTURINE- “O Caminho da Mão Esquerda” ( 7’ EP) Black Metal
GPR 010 MORTIFER RAGE- “Murderous Ritual” (CD) Death Metal

Como estão vendo, estamos com vários lançamentos no forno, portanto só precisamos liquidar nosso estoque para que esses lançamentos ocorram, sendo assim contamos com teu apoio!

Portanto a promoção dos Cd’s continua:
4 Cd’s Nacionais por apenas R$ 60,00 (Correio Incluso)
4 Cd’s Importados por apenas R$ 90,00 (Correio Incluso)
2 Cd’s Nacionais + 2 Importados por apenas R$ 75,00 (Correio Incluso)

Confiram os itens disponíveis:
http://www.genocide.com.br/categoria.php?cat=67

Apóie as bandas do subterrâneo, selos e zines e nunca deixem de ir aos shows do Negro Undergound!!!
Aproveite e encaminhe essa mensagem para todos seus contatos!!!roveite e encaminhe essa mensagem para todos seus contatos!!!
Chega de apoiar somente as grandes bandas da moda!!! Chega de hipocrisia, chega!!!

Genocide Prods.
The Industry of Blasphemy
http://www.genocide.com.br/
www.myspace.com/genocideprods



KILL AGAIN RECORDS
apresenta:
Bywar - “Twelve Devil’s Graveyards”
Celebrando uma década de atividades, os Head Thrashers do Bywar comemoram este feito lançando seu terceiro e fulminante ataque. “Twelve Devil’s Graveyards” é mais um bombardeio metálico revestido de intensos, assassinos e furiosos riffs, culminando em um devastador e letal Thrash Metal. Um CD obrigatório a todo Thrash Banger que se preze!!!
Clique no link abaixo para escutar uma música do CD:
Bywaw - Violent Greed


Bewitched - “At the Gates of Hell”
Lançado em 1999, este que é considerado por muitos como o melhor trabalho desta entidade metálica sueca, recebe agora sua versão sul americana. Uma verdadeira avalanche de Evil Heavy/Speed Metal para saciar a sede dos apreciadores do mais puro e genuíno Metal. Participação mais que especial do vocalista Jon Mikl Thor na cover de “Let the Blood Run Red” da lendária banda canadense Thor.
Clique no link abaixo para escutar uma música do CD:
Bewitched - Sabbath of Sin


Proximos Lançamentos: Revel Decay - "Eternal Decay" / Devil on Earth - "Hunting, Shooting, Slashing and Thrashing"
http://www.killagainrec.com/ - www.myspace.com/killagainrec - mailto:%20killagainrec@yahoo.com.br

quarta-feira, março 21, 2007

Violator Entrevista

Essa entrevista foi inicialmente elaborada para a versão impressa do OsubversivO, é meio antiga mas como só entrou na versão impressa uma pequena parte dela resolvi coloca la na integra aki espero q gostem. Em seguida uma entrevista pelo msn com Pedro, uma conversa descompromissada por isso resolvi preservar a linguagem do msn com suas abreiações e erro.


QUAL É A IDADE DE VCS?
Poney Ret diz: Opa, no Violator são todos uns muleques! Eu tenho 20 anos, assim como o Pedro Capaça que é o mais velho. O juan, o mais moço tem apenas 19 aninhos. (risos)
SENDO VCS TÃUM NOVOS, PQ ESCOLHERAM O THRASH METAL COMO ESTILO DE MUSICA, JÁ Q A MAIORIA DAS BANDAS Q INFLUENCIAM A BANDA SÃO BEM MAIS VELHA Q VCS.
Poney Ret diz: Pois é, a gente venera um estilo de música e de vida de uma época em que nem éramos nascidos! Na verdade isso não tem muita explicação, pq a gente não "escolheu" curtir Thrash. Foi o Thrash Metal que nos fez Headbangers e nós sempre tivemos verdadeira repulsa a toda aquela geração new metal, infelizmente a nossa geração. Então, uma coisa levou a outra. Muita gente estranhou no começo, um bando de Poney Ret diz: pivete fazendo som old school. Acho que não levavam muita fé na gente. Hoje a pouca idade virou nosso trunfo e acredito que a maioria das pessoas viu que a gente faz Thrash Metal anos 80 porque é o que a gente realmente ama e vive!
QUAL É O SALDO DESTA TOUR Q VCS FIZERAM PELO BRASIL 17 SHOWS. COMO FOI ELABORADA ESSA TOUR?
Poney Ret diz: O saldo foi mais que positivo! Na verdade, acima das melhores expectativas! A tour foi elaborada no total esquema "do-it-yourself", uma forma de ação em que acreditamos bastante. Simplesmente pegamos todos os contatos que tínhamos e fomos arranjando os shows. O Rolldão da Kill Again, praticamente nosso padrinho, foi fundamental pra que tudo desse certo. Todos os shows foram sensacionais, Poney Ret diz: o público do Norte/Nordeste é insano! Apóiam muito as bandas independentes e agitam muito nos shows! Aconteceram várias histórias inusitadas em toda essa viagem como dormir em puteiro e pegar mais de 20 horas de barco na Floresta! Foi uma puta experiência de banda e de vida! Pois conviver 6 semanas com os mesmos quatro caras num é nada fácil! (risos) A turnê foi um grande passo pro Violator!:
POR FALAR EM PUBLICO QUAL É O MELHOR PUBLICO PRA SHOWS NA SUA OPINIÃO AKI EM BSB?
Poney Ret diz: (rapidão, num entendi. é qual o melhor público em Brasília?):
SIM SE ALGUMA DIFERENÇA DE PUBLICO NO PLANO PARA AS SATELITES
Poney Ret diz: Po, difícil responder essa pergunta. Eu preferia que o público de Brasília fosse um só, como muitas vezes é. Vários bangers/HC's acompanham a banda em diferentes pontos da cidade que já tocamos. Mas no geral, a cena das satélites ainda é muito diferente da cena do Plano. E as gigs nas satélites sempre foram melhores! O público é mais animado e mais fiel. Ia ser bacana se mais pessoas do Plano PiloPoney Ret diz: Piloto descessem para os shows na Satélite, mas isso não acontece com uma boa frequência. De qualquer maneira, eu vejo com muitos bons olhos a cena do DF, principalmente a cena Thrasher! Cada dia eu vejo pessoas novas nos shows, pessoas produzindo pela cena, fazendo zines, comprando material... E as gigs tem sido cada vez mais animadas, com muitos Moshs, Stage Dives e Circle Pits! Como todoPoney Ret diz: Como todo show deveria ser! A gente já viajou bastante e posso afirmar com segurança que é muito raro encontrar thrashers tão insanos como os daqui de Brasília!
PEDRO NUNCA FUI FÃ DE THRASH METAL MAS O SOM DE VCS É MUITO BOM, TIVE OPORTUNIDADES DE VELOS RECENTEMENTE E ACHEI MUITO BOM VCS CONSERVAM A ESSENCIA DO THRASH OITENTISTAVCS USAM O MESMO VISUAL DOS HEADBANGERS DAQUELA ÉPOCA MESMO VC NAUM TEREM VIVIDO AQUELA EPOCA
Poney Ret diz: Opa, muito obrigado Amarildo! A idéia é essa mesma, voltar aquele velho espírito. Pode parecer um tanto retrógado mas não é bem assim. O visual e o som estão ligados a nossa idéia de volta à uma época em que não existiam tanto comércio e grana na cena. Uma época em que as pessoas faziam som por paixão. Quando o jabá e as modinahs ainda não estavam instituídas no underground. Não é retornoPoney Ret diz: Não é retorno aos anos 80, nós não vivemos os anos 80, estamos em 2005! Até porque aquela não era uma época perfeita, existiam vários problemas e acontecia muita merda! Mas o que queremos que volte é aquele velho espírito!
SEMPRE VEJO EXELENTES COMENTARIOS ARESPEITO DO CD DE VCS. VCS ESPERAVAM ESSE RETORNO POSITIVO Q ESTÃO TENDO?
Poney Ret diz: De maneira nenhuma!!! (risos) Tudo com os Violas aconteceu muito rápido e sempre muito acima das melhores expectativas! Quando montamos a banda e o Thrash tava em total decadência, imaginávamos que nunca faríamos um show! É verdade! A banda era só pra tocar nos finais de semana o som que amamos! Só que não sei porquê as coisas foram crescendo e hoje o Violator é uma banda respeitada e tal! (risos Poney Ret diz: (risos) E eu continuo pensando do mesmo jeito de quando começamos, cada pessoa que gosta do disco e vem me falar me deixa muito feliz! Agora, não tenho nenhuma explicação pra tantas pessoas terem gostado do disco e ele ter saído tão bem! (risos) Talvez seja uma boa consequência da maneira como realmente amamos o som que fazemos! Tomara!
IMAGINO Q VCS JÁ TENHA MATERIAL SUFICIENTE PARA UM NOVO CD. E QUE TBM JÁ TENHAM SIDO ASSEDIADOS POR OUTROS SELOS. VCS TEM IDEIA DE AUANDO VEM O PROXIMO CD E SE SERÁ PELO SELO KILL AGAIN?
Poney Ret diz: O material novo tá quase pronto pra partimos pro estúdio! Isso deverá acontecer no começo do ano que vem. Será finalmente um Full Lenght com 8 sons mais rápidos, mais thrashers e ainda mais pião!!! (risos) Nós continuamos firme e fortes com a Kill Again, que tem feito um trabalho incrível pelo Violator. O Rolldão é um cara que a gente sempre adimirou e que se tornou um grande amigo, o que é funda Poney Ret diz: fundamental na relação banda/selo. Sem contar que o cara compartilha totalmente com a gente a visão de cena, é um selo totalmente underground! A nossa relação com a Kill Again é o tipo de união que faz valer estar na cena, faz acreditar no underground.
PEDRO VC CONHECEU ALGUMA BANDA DE BRASILIA DAS ANTIGAS Q VC SE LEMBRE?DESTAS Q ACABARAM MAIS DEIXARAM LÁ SUA MARCA NAS VELHAS FITAS DEMOS
Poney Ret diz: Já pude conhecer algumas! Brasília já teve uma cena muito fudida, infelizmente muito esquecida! Só no Thrash Metal tívemos Dungeon, Restless, Rhoasting, Deja Vu, Butchery (Nota do Editor Butchery era Death Metal) e muitas outras! Acho que é muito importante não deixar que essas bandas caiam no limbo. Até porque tudo que estamos fazendo hoje é apenas uma continuação do que esses grupos faziam na década de 80.Mesmo assim Brasília ainda tem
Poney Ret diz: ainda tem muita sorte de contar com velhas figuras na cena que estão aí há 20 anos e continuam muito ativos no underground. Como o Rolldão, Fellipe CDC, Julião, Gilmar, Frango, Phú e muitos outros! Sem contar bandas como Death Slam, que tá na ativa quase desde a época que eu nasci! (risos)
DOS Q NAUM VIRARAM CRENTES OU SE MUDARAM DE BRASILIA. AINDA TEM ESTES GUERREIROS DE CABELOS CRISALHOS Q FAZEM MUITO PELA CENA.
Poney Ret diz: Com certeza! Muitos mesmo! E não é em todos os lugares que encontramos esses coroas ainda agitando nas gigs toscas! As pessoas daqui poderiam valorizar mais isso.
VC GOSTARIA DE DEIXAR ALGUMA MSG A MAIS?
Poney Ret diz: Po, num posso terminar sem antes agradecer o espaço! Muito obrigado aí Amarildo, e obrigado pela iniciativa do zine! Essa união que estamos conquistando aqui em Brasília entre Thrashers e Hardcores é inédita no Brasil dos dias de hoje e tem trazido excelentes feitos pra nossa cena! Obrigado também a todo mundo que curte o Violator, todas as pessoas que ainda acreditam no underground! Não deveria Poney Ret diz: deveria existir barreiras entre bandas e públicos somos todos iguais no circle pit! (risos) Valeu! United Forces, United For Thrash!!!Poney Ret diz: (po, valeu mesmo pela oportunidade Amarildo!)
E ME DESCULPA AI PELAS PERGUNTAS É Q EU QUERIA Q FOSSE ASSIM MESMO AS PERGUNTAS BEM INFORMAIS
q desculpa oq! foi bem legal!
contatos: www.violatorthrash.com/

sábado, março 17, 2007

Botinada – A Origem Do Punk No Brasil


Quando o Gastão deu início à saga do DVD Botinada – A Origem Do Punk No Brasil, por volta de 2001, estava acontecendo o festival A Um Passo Do Fim Do Mundo, onde estávamos passando a limpo uma história que fazia 25 anos e que era contada por 54 bandas paulistanas em dois dias, com uma mega exposição de materiais produzidos nessas décadas, como fanzines, fotos, roupas, acessórios, discos, vídeos, quadros, poesias, livros e o que mais coubesse. Por Ariel




Botinada – A Origem Do Punk No Brasil
Ariel
No ano seguinte, o tema da comemoração era os 20 anos do festival O Começo Do Fim Do Mundo e para fechar uma trilogia resolvemos batizá-lo de O Fim Do Mundo com tudo o que tinha rolado no anterior, só que ampliado e revisto com a inclusão de bandas de outros estados, em uma semana de muita energia.

O punk rock e seu movimento estão numa categoria de arte maldita e mal vista, com muito pouco interesse em que seja visto, apreciado e até mesmo entendido e como citei acima, muitas vezes temos que tomar em nossas próprias mãos a tarefa de nos fazer entender. Foi assim com Gastão proposto a contar a história de uma forma apaixonada e sincera, num trabalho quixotesco com sua trupe de fiéis escudeiros, nessa árdua batalha que foram esses cinco anos de arqueologia urbana, tentando encontrar os mais bizarros personagens dessa estranha fauna que habita os buracos suburbanos em que mergulhou com a sua câmera-lança, enfrentando por inúmeras vezes moinhos-coporações e monstros-pseudo-radicais.

Nessa busca pelas histórias que eram contadas, mas nem sempre compreendidas, muitas imagens deram credibilidade ao que era falado 25 anos depois, ilustrando muito bem essa interessante história. O mais importante de tudo isso é que tudo está muito bem amarrado, numa fluidez de depoimentos em que tudo se encaixa, seja pela concordância das falas, seja pela riqueza dos materiais encontrados em baús esquecidos num canto qualquer.

Trabalho difícil esse do Gastão, onde todas as dificuldades foram sendo superadas ao longo desses anos e por mais que tentassem atrapalhar ou mesmo boicotar esse documentário, sua vontade de querer fazer foi infinitamente maior do que as diversidades impostas.

Não é um trabalho completo, pois a coisa toda é muito complexa e sendo assim, o que foi apresentado garante um quadro fiel do que foi o pontapé inicial do punk rock no Brasil e para quem viveu a época retratada (76 a 84) com certeza irá se emocionar, inclusive com um “In Memorian” dos que participaram e já se foram, daqui e de fora. Para quem não viveu a época citada, vai se surpreender com a riqueza de produções e com a vontade dos punks da primeira hora em aproveitar alucinadamente sua juventude e, por mais que não se tinha condições, com o mínimo fazíamos o máximo. Depois de 30 anos, por incrível que pareça, muita coisa não mudou.

Talvez daqui a algum tempo alguém ainda poderá se interessar pelos anos caóticos que se seguiram a 84; talvez não estejamos mais vivos, mas a história da movimentação punk finalmente começou a ser contada.

Botinada por Gastão Moreira
"São Paulo, Brasil, final dos anos 70. Acuado nas periferias, um batalhão adolescente se encontra entre a falta de perspectiva e a marcação cerrada da ditadura militar. LPs e calças jeans são artigos contrabandeados, pessoas continuam desaparecendo e a polícia desce a lenha. A informação que passa pelo crivo da censura é repassada ao povo de forma distorcida. As rádios se abastecem de hits insossos de fácil digestão (ué, hoje também é assim!). O rock se afoga no emaranhado sinfônico criado pelos virtuosos do progressivo. No outro corner reina a febre disco, música de encomenda para a classe média alta. Na MPB poucos artistas atingem a garotada.

Nesse contexto, o punk chegou ao Brasil e levou tudo morro abaixo com sua mistura vulcânica de riffs simplificados e erupções de protesto político sobre bases incandescentes. Como um manual terrorista, o punk mostrou aos jovens como sabotar o status quo: aprenda três acordes e monte sua banda. Do it yourself. Faça você mesmo.


Quando os Ramones e os Pistols surgiram, os sem-futuro encontraram o rumo. Bandas pipocaram por todo o mundo e aqui no Brasil não foi diferente. Em 1977 surgem os primeiros esboços de bandas brasileiras. O vírus se espalha de modo irreversível. O apogeu do movimento no Brasil acontece em 1982 com o festival “O Começo do Fim do Mundo”. Matérias mal-intencionadas fixaram o alvo nos punks. Depois de uma fase de dispersão no meio dos anos 80, o movimento punk voltou mais diluído, porém mais organizado. Hoje a cena continua em plena atividade.

Botinada narra as origens do punk rock no Brasil, sua primeira fase (1976 – 1984) e o paradeiro de seus protagonistas. Foram 4 anos de pesquisa, 77 pessoas entrevistadas, milhares de horas nas ilhas de edição, 200 horas de vídeo e muitas imagens raras e inéditas compiladas pela primeira vez.

Botinada traz à tona essa incrível história contada pelos punks que vivenciaram de corpo, alma e jaqueta de couro essa caótica jornada."

quarta-feira, março 14, 2007

Entrevista Toda Dor do Mundo


Além do som furioso destas meninas de Brasilia conheçam também suas ideias sobre temas variados. Toda dor do mundo é uma banda de personalidade impar no meio Hc de bsb.

Osub – saudações Leila, você poderia nos falar sobre a banda o que motivou vocês a formar o Toda Dor Do Mundo? E sobre as influencias da banda digo musicalmente? Já que esse nome sugere uma banda de Emo.( Brincadeira)
LEILA: Primeiramente Amarildo obrigada pelo espaço, Parabéns pelo zine, e por mante-lo ativo, sei como é difícil.
Na verdade eu entrei meio que convidada,( hehehe), eu era meio nova na galera e tocava instrumento (violão) e não era amiga das antigas. Quando elas propuseram eu achei legal a idéia, até porque qual menina que está no meio não quer ter banda, né não!?

ALICE:A idéia inicial foi de alice (bt), tate (bx) e mônica (vc) e era pra ser um hardcore old school beirando o youth crew: músicas rápidas, simples, de fácil execução com letras que falassem de temas importantes para nós. Era a primeira banda de todas nós (isso lá por volta de 2002) e aprendemos a tocar juntas. Isso é muito encorajador no hardcore, as pessoas podem simplesmente decidir tocar e meter as caras.
TODAS: Dentre as influências podemos nomear algumas bandas: minor threat, youth of today, 7 seconds, bold, trial, judge, nations on fire, seein red, vitamin X, heresy, rethink, discarga… sem esquecer bandas de mulheres que definitivamente são inspiração, como o kaos klitoriano e o infect.

LEILA E ALICE: Sobre ser banda com nome emo, nós concordamos hehehehe. Na época houve uma intensa discussão sobre o assunto, pensamos em Not afraid, e outros nomes que não me recordo, mas decidimos por algo em português, que fugisse um pouco do que estávamos acostumadas a ouvir tipo bulimia, kólica, essas coisas, e que foi difícil chegar a um consenso sobre o nome. Acabou ficando toda dor do mundo. Muita gente achou o nome bonito e sente uma inspiração feminista nele... uma vez até nos perguntaram se tínhamos tirado de um texto da Simone de Beauvoir. Mas na verdade é um trecho da nossa primeira música, a marca do medo, que fala sobre violências físicas e simbólicas contra mulheres.


Osub – é sabido que a TDDM ficou inativa durante um tempo devido a brigas internas e recentemente retornou as atividades com uma vocalista nova. O que motivou essa volta?
LEILA: Consertando, a toda dor não ficou inativa por brigas, ela só parou com as atividades porque tive que me mudar de cidade para estudar e não sabia se iria dar conta de continuar com a banda em bsb morando em Goiânia. Passados 3 anos, em uma conversa com a Dona Alice, tocamos mais uma vez no assunto da tddm, na vontade de voltar a tocar juntas, saudade da banda mesmo, e resolvemos tentar reativar, aí foi só a Tate dar o aval, falamos com a Ju, e deu certo. Como moro fora talvez fique um pouco mais lento o processo de produção, mas não vamos parar. O que motivou a volta foi a vontade de voltarmos a tocar juntas, porque apesar das brigas que tivemos (e com certeza ainda teremos algumas, porque todo mundo é cabeça dura) nos tornamos grandes amigas. E isso eu digo principalmente por mim, que no início, chegava, tocava, mostrava as músicas novas e pronto, mal dava minha opinião por medo delas (elas me davam medo no início). Hoje é diferente, eu mando (brincadeira, hehe)... em porra nenhuma.

Osub – até onde sei algumas das integrantes são bem envolvidas com a cena hc de Bsb vc poderia nos descrever que atividades extra banda estão envolvidas?
LEILA: Poxa, eu tenho um coletivo que está parado (né guris!!!) mas assim, não desisti da idéia por mais esquecida que ela pareça na cabeça de alguns integrantes. Conversei com a Alice e Tate para tentarmos reativar o zine e o festival La Carnissa, creio eu que dará certo, né gurias!?
A gente tem outras bandas, né? Além da tddm, alice e tate tocam na silente, ju tocava bateria na eixo zero, eu (Leila) sou vocal da de que serás capaz; alice tem junto com o hery o zine dfhardcore e o selo alea records.
Não tenho muito tempo pois além de morar fora, eu faço parte de um projeto na faculdade, tenho alguns artigos pra entregar, e minha faculdade é difícil pra caralho e ela nesse momento é prioridade.
Osub - Sei que a banda tem material gravado, mas, que ainda não foi lançado. A planos de lançar esse material antigo ainda inédito? Ou vocês já planejam entrar em estúdio pra comporem musicas novas????
LEILA E ALICE:A gente tem uma gravação velha, de 2003, com vocal da mônica ainda. Algumas dessas músicas (não mixadas e sem back vocal) estão no nosso myspace (www.myspace.com/todador). Estamos pensando e discutindo sobre a execução de uma demo (de repente com algumas das músicas velhas). Pô estamos preparando músicas novas, claro, sempre, mas como eu disse será mais lento pois nem sempre poderei ir pra brasília. Atualmente, só se eu me dividir em 5!

Osub – Brasília sempre foi referencia no que se refere a bandas formadas exclusivamente por mulheres tanto no lado do metal como as extintas Volcana e Autopsia, Flammea que recentemente retornou suas atividades a sempre presente Valhalla. Como no hc/punk como a extinta Bulimia, Kaos Klitoriano. Hoje até onde sei apenas a TDDM está na ativa, a que você acha que falta pra mulheres tomarem seu espaço nesta cena predominante masculina?
LEILA: Bem, creio que estamos sempre tomando espaço, tem o Ütgard com a Valéria, o DISFORME com a Tainara, tem o Terror Revolucionário com a Dri, tem o Bombardeio Geral lá de Planaltina, e várias outras. Sempre existirão bandas com minas. Mas falando de bandas somente com mulheres, creio que o que existe são os mesmos problemas de sempre: muitas meninas querem mas não tocam instrumentos e por isso abandonam a idéia, tem aquelas com muito potencial que ao invés de procurar banda, procura cara de banda (alfinetando a groupiada), existe muitas vezes nas minas um medo de não conseguir ou não agradar por ser um meio onde predomina bandas com homens, portanto, não quer nem arriscar, o que acho um erro, até porque no Hardcore sempre há espaço. Já li num fórum de hardcore, uma discussão sobre aquela banda Walls of Jericho, e um cara colocou que “qualquer vocal de mina é sempre uma bosta”, ainda bem que a maioria não concorda, mas são atitudes como essas que desestimulam algumas meninas. Tem quem fale que falta espaço, me desculpe, mas não acho, nós estamos falando de hardcore, então se vira.

Osub- sendo vocês uma banda feminista qual é a opinião em relação a estes assuntos que as rodeiam: machismo, sexismo, homofobia, prostituição, aborto, vegetarianismo.
LEILA: Somos uma banda feminista(mas não somente): precisa mesmo dizer a opinião sobre o machismo? hehehehehe
ALICE: Sexismo, machismo e homofobia são partes de um mesmo processo de misoginia (repúdio ao que é feminino). É um processo difícil de entender, mas através do qual um sistema de privilégios masculinos é perpetuado. A luta anti-misoginia é diária e cotidiana, por isso a política feminista (aos nossos olhos) é muito mais de modificação interna e questionamento das violências simbólicas e práticas de dominação cotidiana do que protesto nas ruas ( mas é claro que protestar e buscar políticas públicas para mulheres é também importante). É isso que se quer dizer quando fala-se que o privado pode ser politizado. Achamos que feminismo tem tudo a ver com luta anti-homofobia, mas não só isso, feminismo que não seja anti-racista e anti-capitalista não nos parece completo.
As questões da prostituição e do aborto são clássicas dentro do feminismo. Achamos que é direito de cada mulher decidir sobre seu corpo, o Estado e a Igreja não podem legislar sobre nossos corpos. Essa é uma questão que tem se tornado delicada no meio sxe hoje em dia, muita gente defendendo uma postura que se chama “pró- vida” mas que deveria se chamar “anti-escolha” ou “pró-morte” uma vez que a proibição e criminalização do aborto não inibe sua prática. E o que acontece é que milhares de mulheres morrem por ano (estima-se que 1 milhão e 400 mil abortos são feitos no país a cada ano e que a morte por aborto é a 3 terceira causa de mortalidade materna no Brasil), ou sofrem problemas sérios por abortos mal feitos ou falta de atendimento especializado. A criminalização mata! Descriminalizar o aborto é necessidade, é questão de saúde pública no nosso país.

No caso da prostituição é interessante lembrar que todxs trabalhadorxs vendem seu corpo de uma forma ou de outra, e que o papel tradicional de “esposa santa” sustentada pelo marido provedor da casa, propagandeado pela cultura tradicional é um papel de prostituta, é uma mulher que vende seu sexo por sustento. É claro que a questão da exploração sexual de mulheres e menores de idade é preocupante, o tráfico de mulheres para prostituição também. Se a prostituição fosse legalizada, como um emprego normal, as profissionais poderiam ter uma série de leis para se amparar, poderiam exigir proteção trabalhando em condições menos insalubres, ter mais segurança contra abusos, a prevenção de dsts poderia ser mais efetiva, elas poderiam se aposentar.
LEILA: O vegetarianismo é lindo!hehehe. Como estudante de veterinária tenho alguns conhecimentos que muita gente não tem. Sei o que é mito, o que é verdade, porque minha futura profissão me permite chegar mais próxima da real situação e cada dia a convicção se torna mais claro e forte. Ser vegetariano é abdicar de muitas coisas e abandonar antigos conceitos, mas nunca deve ser considerado algo superior. Costumo dizer que vira vegetariano quem quer, pois todos podem, portanto a idéia do “não consigo ser” comigo não cola, basta ter força de vontade e tentar enxergar o que realmente ocorre antes da carne chegar ao prato, tem a questão da libertação animal, o respeito ao meio ambiente e acima de tudo permitir dignidade ao animal, por mais humano que o termo “dignidade” signifique, não tem outro que se encaixe melhor. Nós mulheres, feministas, sabemos o quão degradante é a submissão (muitas vezes forçada), o mesmo ocorre com animais, para o bel prazer do homem. Alguns exemplos, uma granja de porcos especializada na produção de porcos e porcas reprodutores seleciona os melhores e os coloca em um segundo andar, com baias separadas. No 1º andar há um reservatório de dejetos desses porcos, eles colocam os porcos ruins, menos selecionados nesse local onde a alimentação consiste em fezes e urina do porco do andar de cima, milho, e um pouco de ração. Porco muitas vezes come fezes (até porque a quantidade de milho, farinha de soja, alimentos palatáveis não são metabolizados por inteiro no organismo), mas permitir que essa seja sua alimentação básica é exploração. Outro exemplo de exploração, o leitão é castrado sem sedação ou anestesia, o bicho berra pra porra, com certeza porque ter as bolas arrancadas na gilette não é nada prazeroso (homens fica aqui a reflexão)e atualmente a Suécia está decidida a implementar o anestésico em 2010, tem idéia de como acontece no Brasil? Os produtores dizem que sem castrar a carne tem gosto muito acentuado. O boi quando cai na seringa (local anterior ao local de matança) e não levanta nem com choque, é arrastado pra dentro. Tenho contato com diversos produtores, e inclusive tenho informações sobre um frigorífico bem pertindo daqui, me foi relatado (por alguém de dentro) que muitas vezes a pistola de insensibilização não funciona, então o bicho é morto a martelada, o que é proibido pela Vigilância, mas ninguém inspeciona, ou então é desmembrado ainda vivo, o que também é proibido, mas ninguém pune, até porque falando de Brasil, se faz vista grossa pra essas situações, e eles usam o seguinte argumento, “ é só um bicho e já ia morrer mesmo”. São essas coisas que combato, e enquanto muitos vegetarianos correm de pessoas como essas, eu fico perto, pra ter a maior carga de informação possível, e conseguir discutir tendo as mesmas noções técnicas e não parecer só mais uma “radical”. As informações como tudo acontece, estão aí e algumas são mesmo equivocadas, como o uso de hormônios de crescimento pro frango ficar grandão, pra ele ficar assim se usava ANTIBIÒTICOS, hoje usa-se pró e prebióticos, os hormônios nos frangos, eram usados para outra finalidade e os antibióticos estão sendo proibidos. Muito vegetariano por falta de aprofundamento na questão, fala borracha por aí e o vegetarianismo acaba sendo prejudicado. Por mais que o resultado no fim seja o mesmo (frango grandão), um erro desse faz com que o outro lado tenha mais credibilidade e seja considerado mais esclarecido. Pesquisar, se informar, atualizar, é importante, pois assim seremos escutados e teremos credibilidade, deixar de ser taxado de “natureba doido e radical” é importante e isso só acontecerá quando em discussões tivermos uma argumentação clara, objetiva e quanto mais correta melhor.

Osub – Te agradeço pela atenção longa vida a banda e deixo este espaço aberto a suas considerações finais.
ALICE:mais uma vez obrigada pelo espaço! esperamos que cada vez mais meninas produzam na cena, seja tocando em bandas, escrevendo zines, fazendo xous...
para ouvir nossas músicas acesse nosso myspace
www.myspace.com/todadoraguarde que em breve estaremos prontas para voltar a tocar por ai.
Apesar de tate e juba não terem respondido diretamente à entrevista, elas opinaram e concordaram com todas as respostas.


segunda-feira, março 12, 2007

Ele Esta entre nós

Senti o cheiro de enxofre, acaba de chegar ao Brasil o senhor George War Bullshit. O que quer este senhor? Dizem que vai propor uma parceria com o Brasil para criar uma OPEP verde. Enquanto ele saía de fininho eu vi a ponta do rabo do capeta. Ora, nós temos a tecnologia desde os anos 70, temos terras férteis para plantar, produzimos com competência veículos bi-combustíveis e temos uma vasta mão-de-obra, ou seja, seremos uma Arábia Saudita sem bigodes e sem os "chatos" do Greenpeace. Mas mister Walker Bullshit nos quer como vassalos! Se temos tudo o que lhes disse agora à pouco com o quê entrarão os estadunidenses neste consórcio? Respondo: entrarão com um enorme nabo para nos enrabar! Eles querem as indústrias na América Central (de joelhos, sempre), ao lado dos esteites, com os mísseis apontados pra lá e nós viraremos uma enorme fazenda canavieira de plantation, com os nossos usineiros apátridas e primitivos - que ainda escravizam bóias-frias - entregando o ouro verde por míseras patacas; venderão cana (usinas) a preço de banana. O grande problema é que quando o mundo vier comprar etanol verão um exército de bóias-frias, em regime de escravidão, cortando cana e ceifando as próprias vidas. Ou se preferirem é só ler o poema O Açúcar, de Ferreia Gular. Enquanto isso a gente ajuda a industrializar aquele genuflexório que é a América Central e exportaremos matéria prima. Voltaremos a ser o país da cana-de-açúcar, como o fomos outrora e continuaremos sendo vassalos. É preciso ter coragem e cortar as pernas deste senhor Walker. Que tal vender carros flex com biocombustível - industrializados no Brasil - para a Índia, China, Japão e União Européia? Deixem que os estadunidenses-comedores-de-petróleo briguem com Chavez e sheiques. UM CALDO DE CANA, POR FAVOR.
Pra você, meu blog:
http://fastosenefastos.blogspot.com
outro texto de
Por Lelê Teles, escritor e ex vocalista da antiga banda de Thrashcore de Brasília Konsomolkaia (peimeira banda de thrashcore do DF)

quinta-feira, março 08, 2007

A genealogia de Jesus e o dia internacional da mulher

Após os ataques de onze de setembro aos prédios estadunidenses, que eram o tal símbolo do capitalismo, vi as mulheres ocidentais ostentando a sua pretensa liberdade e condenando a repressão aparente das mulheres mulçumanas encarceradas em suas burcas. Por ser uma imposição masculina, a burca revolta as mulheres ocidentais, como se a ditadura do corpo magro e da calcinha minúscula não fossem também uma imposição masculina no ocidente. Voilá. Mas eu tenho algo mais interessante pra dizer sobre isso. O livro da genealogia de Jesus, descrito por Mateus e Lucas. Um traça a genealogia em 42 gerações (embora apresente 41 nomes, voilá) e o outro em 56 gerações que remonta até Adão! (Pelas barbas de Bin Laden, volto à Adão em seguida). Mateus fala assim: "livro da genealogia de Jesus, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou Isaac e Isaac gerou Jacó. Jacó gerou Judá e seus irmãos(...)" e assim segue o evangelista indefinidamente e conclui curiosamente: "Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo." Ora, estranha a genealogia de homens gerando homens! E a forçação de barra para se chegar ao rei Davi, no caso de Lucas à Adão, é tamanha que traçam descaradamente a genealogia de José e o chamam de pai de Jesus. O diabos é que estes mesmos evangelistas nos dizem que José não é pai de Jesus (!), que Jesus é filho de Deus, engendrado pelo Espírito Santo que após engravidar Maria a deixou virgem imaculada. Jesus não descende de nenhum Rei! Quem descende do Rei Davi é José, que não é pai de Jesus! Voltemos a Adão, Deus, o que de tudo sabe e o que tudo pode, criou uma matriz da humanidade concebendo um filho homem, Adão. Depois o fez grávido a parir Eva. Com isso Deus inverteu o princípio da criação e se contradisse. Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha?, e o livro do gênesis nos diz: primeiro nasceu o galo! Na semana em que a mídia se ocupou em fazer uma novela com a mulher, a pecadora, que matou o vencedor da mega sena, a ministra Marina Silva recebia um prêmio da ONU por ter reduzido o desmatamento da Amazônia em mais de 50%, não lhe deram ouvidos nem visibilidade, queriam a pecadora assassina! A ex-vereadora e agora deputada federal Manuela, a comunista, tem me encantado com seu discurso de não querer ser chamada de musa, mulher tem que parar de aceitar fazer figuração de paisagem no mundo. Daqui a pouco os homens gordos do congresso vão querer que ela se mantenha magrinha e bem escovada. Ela está lá para parlamentar, eles para lamentar. Ah, em tempo: no momento em que se discute o nepotismo não se esqueçam que Deus mandou ao mundo o seu único filho para nos redimir, cargo de confiança!
Por Lelê Teles, escritor e ex vocalista da antiga banda de Thrashcore de Brasília Konsomolkaia (peimeira banda de thrashcore do DF)

sábado, março 03, 2007

Download do ZINE OFICIAL Nº05

Estamos disponibilizando para download o ZINE OFICIAL. Você não pode deixar de ler este zine um dos mais bem feitos zines de Brasilia, exelente layout. O editor deste zine é o não menos lendario Tomaz da grafica MULTART.
A edição aqui disponivel é arquivo em PDF da edição que saiu com
tiragem de 1.000 exemplares e traz a cobertura do Festival
Quaresmada 2007, que rolou dia 25 de fevereiro no Círculo
Operário do Cruzeiro, Cruzeiro Velho.
Fora as biografias das bandas evolvidas no projeto trás exelentes materias sobre o lendario Buraco do Rock de brasilia.QUER SABER MAIS ENTÃO BAIXE AGORA.
Para saber mais informações sobre o ZINE OFICIAL ou receber
o arquivo em PDF das edições anteriores, escreva para nosso
e-mail (
zineoficial@terra.com.br).

http://rapidshare.com/files/19192208/zine_oficial_-_QUARESMADA_2007.pdf.html