segunda-feira, novembro 12, 2007

ONG afasta G4 Produções do Porão do Rock

NdE/: esta na integra a nota q o porão do rock soltou. Enchem mais linguiça do que explicam o episódio envolvendo conselheiros da ong. Leiam e tire suas proprias conclusões.

ONG afasta G4 Produções do Porão do Rock
Em reunião extraordinária realizada na noite de 6 de novembro de 2007, a ONG Porão do Rock, detentora oficial da marca Porão do Rock, deliberou que:

. A G4 Produções está afastada da produção dos eventos ligados à marca Porão do Rock (Festival e Pílulas);

. Os três conselheiros integrantes da G4 Produções estão afastados das atividades da ONG Porão do Rock;

. A For Rock Promoções passa a ser a única produtora executiva dos eventos ligados à marca Porão do Rock (Festival e Pílulas).

A ONG e a produção do Festival Porão do Rock foram desagradavelmente surpreendidas pelas notícias veiculadas pela imprensa nos dias 6 e 7 de novembro, relativas à Operação Mecenas, da Polícia Federal. E, em nome de sua lisura e idoneidade, decidiram afastar a G4 Produções de todos os assuntos relativos ao Porão do Rock, pelo menos até que as investigações sobre as denúncias de corrupção no Ministério da Cultura sejam encerradas. Vale ressaltar que, de acordo com a própria Polícia Federal, não foi revelado nada que incrimine ou denigra a imagem da marca Porão do Rock e dos eventos ligados a ela.O Festival Porão do Rock, realizado anualmente em Brasília há 10 anos – sendo cinco anos com entrada franca –, é considerado hoje o maior e dentre os mais importantes festivais de música independente do Brasil, tendo reunido um público de mais de 600 mil pessoas e 234 atrações diferentes (122 do Distrito Federal, oito internacionais e 104 nacionais, de 14 estados brasileiros).

Com o apoio da ONG Porão do Rock, desde 2003, são desenvolvidas, durante o festival, diversas ações focadas em campanhas educativas, de saúde e de bem-estar social em prol do público do Distrito Federal. A mais significativa é a campanha Rock contra a Fome que, entre 2003 e 2007, arrecadou junto ao público presente um total de 130 toneladas de alimentos não-perecíveis, doadas para entidades filantrópicas cadastradas no programa Mesa Brasil, do SESC. Tal ação foi contemplada três vezes (de 2004 a 2006) pelo SESC/DF com o Certificado de Empresa Socialmente Responsável.

O prêmio é conferido a empresas públicas ou privadas que foram parceiras ou contribuíram em projetos sociais empreendidos pela instituição.Em 2007 quase 15 toneladas de alimentos foram arrecadadas e direcionadas dessa vez para a Associação Brasileira de Ação Social (ABAS), que atende a mais de 80 instituições de assistência infantil no Distrito Federal e Entorno.

Tal ação possibilitou a montagem de 730 cestas básicas completas, que atenderam a mais de 1.500 crianças carentes do Distrito Federal.Em 2004, outra ação de destaque desenvolvida pela ONG e pelo Festival Porão do Rock, em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e o Escritório das Nações Unidas contra as Drogas e o Crime (Unodc/ONU), foi a campanha Ligue-se na Música. Desligue-se das Drogas, de conscientização sobre o uso abusivo de drogas.

Nos dois dias do festival, foram distribuídos 90 mil cartões postais que alertam sobre os efeitos das drogas mais difundidas entre os jovens, como o ecstasy, a cocaína, a maconha, o álcool e o cigarro. Por tal iniciativa, a entidade recebeu das mãos do general Jorge Armando Félix, ministro-chefe da Segurança Institucional da Presidência da República, o Diploma do Mérito pela Valorização da Vida, em solenidade ocorrida em junho de 2005, no Palácio do Planalto. Em 2007, uma nova parceria com o Unodc/ONU foi desenvolvida na campanha Use música. Não deixe a droga controlar sua vida, com o mesmo objetivo da campanha anterior.Outras ações sociais realizadas:

- Fique Sabendo - Parceria com o DST/Aids, do Ministério da Saúde (2003). Conscientização sobre a necessidade do exame de diagnóstico do vírus HIV;

- Vista-se - Parceria com o DST/Aids, do Ministério da Saúde (2005). Orientação sobre a necessidade do uso de preservativos sexuais (a "camisinha"), contando com a participação massiva dos artistas posando em fotos de divulgação da campanha;

- Sexo, prevenção e rock and roll - Parceria com o Instituto Sabin (2007), que levou à arena do festival esquetes com o tema "O auto da camisinha", interpretado pelo grupo de teatro Hierofante, e distribuiu gratuitamente mais de cinco mil preservativos.

- Se Beber, Não Dirija - Parceria com a Ambev (2005 e 2006). Orientou o público a ingerir bebidas alcoólicas com moderação e, em caso de excesso, não dirigir nenhum veículo na saída do evento.

- Pedimos RG. Bebida só para maiores de 18 anos - Parceria com a Ambev (2005 a 2007). Garantiu o cumprimento da lei no Porão do Rock, impedindo a venda de bebidas alcoólicas aos menores de 18 anos.

- Coleta seletiva - Parceria com a cooperativa 100 Dimensão (2005), da cidade de Riacho Fundo (DF). Foi preparado um programa de conscientização sobre a importância da coleta seletiva na preservação do meio ambiente.

- Oficina de DJs - Parceria com o programa Picasso não Pichava (2006). Foi disponibilizada a entrada no festival de adolescentes da cidade de Ceilândia (DF) e oferecida a eles oficinas sob a coordenação do DJ Chokolaty.

- Tudo limpo no Porão – Parceria com o Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) (2007). O lixo produzido nos dois dias do evento foi coletado de forma seletiva e destinado para o SLU fazer o tratamento e reciclagem.

Em novembro de 2005, o Porão do Rock foi um dos co-fundadores da Associação Brasileira dos Festivais Independentes (Abrafin) que, desde então, vem desenvolvendo uma série de iniciativas e parcerias em prol do intercâmbio de artistas, bandas e eventos da música independente em diversos estados do país, do Acre ao Rio Grande do Sul. O festival conta, inclusive, com um representante na diretoria da Abrafin, o produtor Gustavo Sá, da For Rock Promoções, diretor artístico do Porão do Rock.

Além disso, o Porão do Rock faz parte do calendário oficial de eventos do Governo do Distrito Federal.
Diante destes números e fatos, temos a consciência da importância e relevância do Porão do Rock como palco para revelação de novos talentos, consagração de outros, além de todos os aspectos lúdicos e sociais que coexistem em sua realização. E colocamos-nos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necessários.

LEONARDO BARROSPresidente da ONG Porão do Rock

2 comentários:

CRÍTICOS S/A disse...

O Porão estes tempos já não estava estas coisas imagina agora ........

Anônimo disse...

Esquema de corrupção no MinC é investigado pela PF e arranha Porão do Rock

O trâmite de um projeto que recorre à Lei de Incentivo à Cultura passa pela análise de um grupo de pareceristas que, em seguida, repassam a proposta ao departamento do Ministério da Cultura responsável pela aprovação. E foi no Conselho Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic), onde é dado o voto final, que no dia 6 de novembro a Polícia Federal prendeu três empresários, um policial civil e uma funcionária do MinC acusados de envolvimento num esquema de corrupção.

Batizada de Mecenas, a operação teve início há seis meses, depois de uma denúncia recebida pelo MinC e encaminhada à Polícia Federal. Junto à Controladoria Geral da União (CGU) e Corregedoria da Polícia Civil do DF, a PF investiga os possíveis beneficiados pelo esquema. Já foram encaminhados o pedido de quebra de sigilo telefônico e bancário dos acusados. O policial civil Paulo César Guida Silva, ligado à empresa Mecenas, os empresários José Ulysses Frias Xavier e os irmãos Raul e Jair Cruz Machado Santiago, sócios da G4 (uma das produtoras do Porão do Rock), e a funcionária do MinC Adriana Barros Ferraz estariam envolvidos no caso.

O envolvimento de apenas uma funcionária do MinC aponta, na opinião do secretário-executivo Juca Ferreira, para um esquema limitado da suposta quadrilha. «Onde existe gente e dinheiro existe a possibilidade de corrupção. Acho que depois de um ano de investigação, só um funcionário indiciado é muito mais demonstração de saúde do ministério do que de problema, do que de promiscuidade. Ou seja, o esquema tinha apenas uma pessoa, cujo único trabalho ilícito que podia fazer era retardar o processo», enfatiza.

O esquema funcionava da seguinte forma: os empresários da G4 procuravam produtores que haviam encaminhado projetos para aprovação pela Lei Rouanet. A fim de chantagear o proponente, os empresários e a funcionária Adriana, coordenadora de análise de projetos do Cnic, colocavam os projetos no final da fila caso o produtor se negasse a participar do esquema. Durante um ano, os envolvidos intermediaram 20 projetos orçados entre R$ 300 mil e R$ 2 milhões. O grupo cobrava uma taxa que variava de 1% a 5% sobre o valor total da proposta.

Os cinco presos na operação foram liberados no dia 8. A Polícia Federal não renovou o pedido de prisão por já ter reunido material suficiente para a investigação. O caso pode ser resolvido até o dia 30. Acusados por corrupção ativa e passiva, os empresários e a funcionária do MinC podem ser punidos com 2 a 12 anos de prisão. Sob alegação de formação de quadrilha, o grupo ainda pode pegar de 1 a 3 anos de cadeia.

Ong Porão do Rock afasta os produtores da G4

Músicos do cenário rock’n’roll da capital, Ulysses Xavier e os irmãos Raul (baixista) e Jair Cruz Machado Santiago (guitarrista) fizeram parte da banda Plastika. O grupo também colaborou para a formação do Porão do Rock, um dos maiores festivais de música do país. Desde o começo do festival, a G4 era uma das organizadoras do evento, ao lado da For Rock Produções. «Vamos aguardar o julgamento. Caso seja confirmada a participação deles, vamos desligá-los da ONG e da produção do festival Porão do Rock. Por enquanto, eles estão afastados», afirma Leonardo Barros, presidente da ONG Porão do Rock.

Na última semana, o servidor público Mário Pacheco enviou um e-mail à redação do Caderno Brasília em que dizia que os sócios da G4 acusados na Operação Mecenas já haviam cobrado propina em outra ocasião. «Em março último, quando fui entregar material da banda Maquiavel, percebi que havia uma outra porta de entrada para o festival, e concluí que quando alguém vai à sala da G4 tem que estar preparado para ofertar. Isso me encabulou e eu andei comentando com membros de bandas e produtores que o jabá estava presente», afirma Pacheco. No entanto, segundo a Polícia Federal, não há nenhuma evidência que comprometa a Ong que organiza o festival ao esquema de corrupção dos acusados no MinC.

De Curitiba, Leonardo Barros, recebeu a notícia da prisão dos empresários, conselheiros da Ong. «Espero que não haja imagem negativa em relação ao Porão do Rock, afinal, fizemos muita coisa pela cidade durante esses 10 anos de existência», ressalta. A preocupação agora é desvincular a imagem do Porão à dos acusados. «Conseguimos uma emenda do ex-deputado Sigmaringa Seixas para a realização de quatro shows do projeto Rádio Porão do Rock ao Vivo, cuja prestação de contas está sendo feita. Foi, inclusive, uma iniciativa minha, até porque nenhum dos conselheiros tem poder para assinar qualquer coisa em nome da ONG. Mas acredito que esse fato possa atrapalhar se tentarmos algum recurso do MinC», pondera Leonardo.