terça-feira, junho 03, 2008

Assassinato de Barck Obama. onde há fumaça é fogo.

será que um negro entrará incólume para presidir uma casa construída com o suor, e o sangue, de escravos negros e que tem o sugestivo nome de Casa Branca?
40 anos depois do assassinato de um dos mais importantes líderes do movimento pelos direitos civis estadunidense, Martin Luther King - morto no mesmo ano do assassinato do senador Robert Kennedy, irmão do presidente também assassinado, JFK -, a mídia estadunidense parece incentivar o assassinato de outro líder, Barack Hussein Obama.

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Quando começam a comparar Obama com John Kennedy há que se perguntar em que sentido o estão comparando. Não me parece que isso ocorra somente pela inegável semelhança de estilos: jovens, carismáticos, inteligentes, eloquentes e preocupados em garantir os direitos das minorais. Afinal, apontam isso como uma das fraquezas de Obama: inexperiência e excesso de entusiasmo. Parece-me que tratam de aproximar a imagem de Obama à do Kennedy vítima da máfia yankee, morto no Texas dos Bushs. Lee Oswald, apontado pelos assassinos de Kennedy como assassino de Kennedy, foi assassinado por Jack Ruby, ligado à máfia estadunidense. A mesma máfia w.a.s.p. (white anglo-saxon protestant) parece estar de volta e ensaia seus discursos na mídia neocon. A todo momento surge uma voz prevendo ou sugerindo a morte de Obama.

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Rupert Murdoch, dono do Wall Street Jounal, da rede Fox, do canal Fox News, do MySpace, do New York Post (Deus, vamos parar por aqui)... disse que os judeus não engolem Obama, que os hispânicos desconfiam dele e os brancos vão lembrar da raça na hora do voto. Enfim, para Murdoch o voto em Obama será o voto dos pretos. E Murdoch reverbera a tese do assassinato. No seu canal Fox News a experiente jornalista Liz Trotta trocou o nome de Obama por Osama (claro que isso não foi uma gafe) e depois, ao invés de se desculpar, completou dizendo que poderiam matar "os dois se possível", disse isso e gargalhou, ela achou engraçado.

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Hillary Clinton disse que não iria desistir da candidatura porque lembrava-se que o candidato democrata franco favorito, Bob Kennedy, havia sido assassinado no mês de junho, ou seja, ainda havia tempo de matarem Obama. O candidato fracassado Huckabee estava em um palanque e, ao ouvir o barulho que interrompeu seu discurso, afirmou: "esse era Barack Obama. Ele acabou de cair da cadeira. Ele estava se preparando para fazer um discurso e alguém apontou uma arma para ele e ele... se atirou ao chão". Para Huckabee isso era uma piada, ele achou graça.

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Outro dia, um jovem estadunidense respondendo a uma entrevista disse: "eu acho que nós devíamos ir todos votar em Hillary só para fazer um favor a Barack Obama: se ele ganha, não tarda muito a levar um tiro". Gore Vidal foi pelo mesmo caminho: "estarei muito triste quando o (Obama) matarem. Diria que está em grave perigo".

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Em tempo: você deve estar assustado com essa sucessão de assassinatos, mas isso não é nada. Malcom X, negro, muçulmano e revolucionário foi alvejado por 14 tiros, crime nunca solucionado, como o de King e o dos Kennedys. John Lennon, um estrangeiro casado com uma japonesa, que criticava o establishment, a religião cristã e pregava o multiculturalismo foi assassinado por um fã (?!?). No dia 11 de setembro de 1973 os Estados Unidos comandaram um ataque aéreo (damn, era disso que Barack falava ao se referir ao onze de setembro) ao palácio La Moneda, no Chile, assassinando o presidente chileno. Pat Robinson, o pastor neocon, disse na TV que deveriam assassinar Hugo Chávez. Em Tora Bora, os yankees lançaram toneladas de bombas na tentativa de assassinar Bin Laden. Saddam foi enforcado. Ronald Reagan mandou assassinar Kadafi, acabou assassinando a filha do ditador Líbio (de doze anos de idade). Nas escolas estadunidenses, quando os alunos se revoltam contra os colegas, contra os professores, ou simplesmente querem imitar um herói da Tv, pegam um rifle e saem alvejando qualquer coisa que se pareça humana e se mova. Esses caras (WASP) adoram assassinar os seus desafetos. Agora, veja abaixo os vídeos onde sugerem que se assassine Obama e tente não se revoltar:

Um comentário:

Anônimo disse...

Será que também vão mandar matar o Arruda?