sexta-feira, junho 27, 2008

HeadBangers Attack 2008

HeadBangers Attack 2008

por Fábio Guedes

Celebrando o Metal Nacional no Círculo Operário do Cruzeiro Brasília/DF

Aconteceu no Círculo Operário do Cruzeiro – Brasília/DF 10 de maio de 2008 com as bandas Taurus(RJ), Eryness (GO), PxPxC, Bruto, Sete Pele, Scumbag e Pesticide.

Capitaneado pelo batalhador Fellipe CDC, o HeadBangers Attack é um festival que já se tornou tradição entre o público underground do Distrito Federal. Em sua sexta edição, o evento acertou mais uma vez ao mesclar diversos estilos do Metal e do Hard Core. O publico, que ficou em torno de 300 pessoas, pode presenciar sete bandas que variavam do Crossover ao Death-Metal. A novidade deste ano foi a apresentação ao vivo do programa Underground Ways, liderado por Pedro Poney e Pícaro, e que vai ao ar todos os domingos no site http://orelha.radiolivre.org:8000/ralacoco.m3u ..

Devido a compromissos no trabalho, e a minha total falta de direção para encontrar o local do show, acabei perdendo as duas primeiras bandas. Quem abriu a tarde foi o Pesticide que toca um Thrash-Metal Old School e conta com o baterista do Slaver. A segunda banda, é na verdade um projeto liderado pelo organizador do festival, que é mais conhecido por ser vocalista das bandas Death Slam e Terror Revolucionário. O Scumbag conta ainda com Pedro Poney e David Araya, respectivamente baixista e baterista do Violator.

Mal cheguei ao local e a terceira banda já se preparava para iniciar seus primeiros acordes. Mesmo desfalcado de seu guitarrista, o Sete Pele mandou ver com seu Hard-Core fortemente influenciado por Ratos de Porão antigo. O vocalista Gringo segurou as seis cordas, enquanto um backing vocal misterioso ecoava dos PAs. Após procurar com calma pude constatar que os refrões eram cantados pelo amigo Glauber, que se escondia atrás do palco. Tocaram músicas de sua demo mais recente, e entre as canções faziam questão de “louvar ao Tinhoso”. O público apenas observava de longe e só se animou um pouco na hora do cover do RxDxP.

Um rápido intervalo, e sobe ao palco a banda Bruto, com um som que transita entre o Thrash e o Death-Metal. Mal pude ver a execução da segunda música, pois precisei sair para fazer uma entrevista com A Taurus. Porém, de longe era possível ouvir os gritos da galera em resposta ao som da banda.

Entrevista realizada, corri para frente do palco, e consegui chegar a tempo de pegar a apresentação do Possuído Pelo Cão. Esse também é um projeto que conta com Pedro do Violator, e é completado pelo guitarrista Barbosa (Terror Revolucionário e Innocet Kids) e pelo baixista Túlio (vocalista do DxFxC), além do batera Tubarões e do guitarrista Novato. O som do PxPxC é melhor resultado da mistura entre Thrash-Metal e Hard-Core, que nos anos 1980 teve o DxRxI como maior representante, que foi devidamente homenageado com uma versão para Abduction. Nesse momento o público já se encontrava totalmente insano, e o circle pit tomou conta do lugar. O PxPxC fez uma das apresentações mais animadas da noite.

Na seqüência veio o quarteto quase feminino oriundo de Goiânia/GO. O Eryness não precisou mais do que meia hora para mostrar a que veio. Death-Metal com vocal gutural que lembra Cris Barnes e deixa muito marmanjo intimidado. Deixaram um pouco a desejar pela falta de músicas próprias. Das sete músicas tocadas, cinco foram covers. Tocaram Six Feet Under; do Motorhead; Kreator; Cannibal Corpse e AC/DC, e foi justamente nas duas ultimas que aconteceram os fatos que quase estragaram a noite. Um extrapolou os limites e passou a mão na vocalista. Causando uma confusão generalizada. Um fato lamentável praticado por um imbecil que merece o desprezo de todos. Após o ididota ser expulso do local, as meninas puderam encerrar sua participação.

Chega então a hora mais aguardada da noite. A lenda viva do Metal nacional sobe pela segunda vez nos palcos do DF. Mandando logo de cara a música Mundo Em Alerta, do álbum de estréia . Muitos dos presentes nem haviam nascido quando Signo de Taurus foi lançado em 1986, mas todos cantavam em coro o refrão “lideres nazistas, lideres infernais...”. Dali em diante os cariocas tinham o publico nas mãos. Era nítida a satisfação dos integrantes do grupo, que a todo instante faziam questão de frizar o quanto estavam felizes por se apresentarem mais uma vez no DF. Por cerca de 50 minutos a banda apresentou um set que mesclou músicas de seus três LPs, Signo de Taurus (1986), Trapped in Lies (1988) e Pronography (1990). Nas faixas em inglês, o guitarrista Jeziel dividiu os vocais com Otavio, chegando até a cantar sozinho a faixa título do segundo disco. Entre os velhos clássicos não faltaram músicas como Demian; Falsos Comandos; Pornography, além de uma canção antiga que não chegou a ser gravada. Por ter um refrão fácil, Gladiador foi cantada por todos os presentes. Fecharam a noite com Massacre, clássico mais que absoluto.

Ao final, bastava olhar para os sorrisos de todos que se despediam, para comprovar que o saldo foi mais que positivo. Parabéns a toda equipe do HeadBangers Attack por ter nos propiciado mais essa festa em nome do Metal nacional. Aguardaremos ansiosos pela edição de 2009!


Foto: Fábio Guedes


materia retirada do site http://www.rockbrasilia.com.br/

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