
por Deise Santos
Para esse ano, um total de R$ 9,5 milhões será repassado aos projetos culturais da capital. A previsão é de que no ano que vem a receita corrente do DF seja de R$ 12 bilhões e desse total, R$ 36 milhões sejam destinados à cultura. “A arte tem um papel fundamental no desenvolvimento do ser humano. Estamos investindo em educação, por meio das mais variadas camadas culturais”, disse Arruda.
Segundo o secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, o DF é a primeira unidade do Brasil que dispõe de um Fundo de Apoio à Cultura. Antes, o mecanismo de financiamento de projetos culturais no DF se restringia a três fontes: repasse orçamentário da Secretaria de Cultura, arrecadação dos equipamentos culturais e o Termo de Adesão ao Regime Especial (TARE). “Muitas propostas não são aprovados por falta de subsídios. Com profissionais capacitados, os projetos terão mais chance de sair do papel”, completou Gorgulho.
O edital de 2008 foi elaborado pela secretaria e com consultas à comunidade cultural do DF. A partir disso, novas áreas de investimentos foram incluídas: a Cultura Popular e Circo; Gestão, Capacitação e Pesquisa. Cada área cultural receberá uma porcentagem específica da verba (veja quadro abaixo).
Quem pode se inscrever
Poderá concorrer à obtenção de incentivos do FAC pessoa física ou jurídica, moradora do Distrito Federal, com Certificado de Ente e Agente Cultural (CEAC). A análise das propostas será feita seguindo critérios como qualidade e ineditismo; que beneficiem de forma direta as comunidades ou regiões menos favorecidas; que possibilitem a multiplicação do fazer, saber e pensar cultural do DF.
Uma força tarefa será colocada à disposição para a escolha dos projetos. “A análise realizada por representantes do governo e da comunidade cultural, deverá ser feita de forma clara e aberta a toda a sociedade”, informou o governador.
Escola de Choro Raphael Rabello
Na ocasião, o governador anunciou que a licitação para a construção da escola Rafael Rabello já está pronta. Atualmente a instituição que funciona de forma improvisada em um galpão no Clube do Choro, atende 400 alunos. A previsão é de que a obra estimada em R$5,2 milhões comece na próxima semana. “Há muito tempo alunos e professores solicitavam um novo espaço, que é tão importante para a cultura do DF”, acrescentou o secretário.
Porcentagens definidas para cada área pelo FAC
Circo/ Cultura Popular – 7%
Gestão e Capacitação – 3,5%
Literatura – 9,5%
Artes Visuais – 11,5%
Dança – 11,5%
Artes Cênicas – 13,5%
Música – 13,5%
Projetos Especiais – 13,5%
Cinema – 16,5%
Investimentos destinados à cultura em anos anteriores
2005 – R$3,88 milhões
2006 – R$5,7 milhões
2007 – R$3,2 milhões
2008 – R$9,4 milhões
Natália Chaves – Agência de Comunicação
Entrevista Murro no olho
Banda de dois guerreiros do hardcore em Brasilia Regis e Juliano o Murro no Olho vem se tornando uma respeitada na cena underground de Brasilia, é uma de minhas preferidas em Brasília tanto pelo som que fazem quanto e pela honestidade de seu trabalho.
Depois do excelente demo Mar de cadáveres e de recentes mudanças na formação prometem para breve uma nova demo ainda sem nome até o momento. Segue abaixo a entrevista com Regis e Juliano respectivamente Guitarrista e baterista.
Dirtam se
Osub- Saudações amigos. É um prazer te-los em nosso webzine. Apesar que muitos pensam O Murro no Olho não é uma banda de Brasiliae sim mineira de Paracatu cidade que não tem uma cena muito conhecida. Algum tempo depois a banda se mudou pra Bsb onde se firmou mais. Conte-nos como foi os primeiros passos da banda, e sua mudança de estado.
Régis: As primeiras “trapalhadas” começaram em 1998, com Régis (BX/VC), Chico (GT/VC) e Konga (BT). Os caras optaram pelos estudos e eu fui procurar alguém que tivesse “coragem” pra fazer um som nada profissional. Em 2002, eu me mudei definitivamente para Brasília e chamei Sandro para assumir os vocais, Fofão na bateria e Felipe (Under the Ruins) no baixo. Só então o Murro no Olho começou a tocar, ensaiar e gravar.
Osub- na banda há dois zineiros bem conhecidos em Bsb Juliano com seu Fúria Urbana, e Regis com O Mensalão do Capeta. A cultura de zines em Brasília ficou um tempo hibernado e agora parece ter sido dispertada e vêm aumentando consideravelmente, desde os anos 80 não vejo tantos zines sendo impresso. Gostaria de saber o que os motiva a editar zines? E vocês acham que há futuro pros zines impressos com o advento dos webzines?
Régis: Eu faço zine porque odeio jornal e revista. Não considero isso como leitura e nem cultura. Zine impresso sempre vai existir!!! Esse lance de webzines pode ajudar pra caralho, mas nada melhor que pegar uma cópia e tal.
Juliano: Cara, o que motiva a fazer o Fúria Urbana é a desgraça. Daí a tendência é o zine acabar quando acabar a desgraça. Acho que os web zines têm seu papel, ajudam bastante em divulgação, mas duvido muito que veremos o fim dos zines impressos, bem como dos jornais comuns também. O acesso à internet, pode não parecer, mas é bem restrito. O zine impresso vai acabando à medida que a divulgação underground fica mais elitizada.
Osub- a avalanche sonora oriunda da banda faz estremecer qualquer palco, de onde vem as influências de vcs? As letras são recheadas de terror e pânico, bem diferentes das maioria das bandas de Hardcore, quem as escreve?
Régis: As influências vêm do fato de estar vivo no Brasil e manter-se vivo até morrer. Até ontem quem escrevia era eu. Agora tamo armando disco novo e tal, tem letra do Juliano, do André e minha.
Juliano: Já escrevi uma ou outra, quase todas influenciadas por Napalm Death e Facção Central.
Osub- Juliano é um multibandas Besthoven, Death Slam, Murro no olho e ARD, isso não te atrapalha como músico? Imagina se essas 4 bandas tocassem em um mesmo show...............kkkkkkkkkkk
Juliano: Rapaz, seria interessante esta possibilidade, provavelmente eu morreria! Cara, é legal pra carái tocar nessas bandas todas, a rapaziada nem esquenta quando choca horários. É tudo velho esse povo aí, então ensaia pouco para evitar problemas nos ossos, coração, queda de cabelos, essas coisas que você bem sabe, né Amarildo!?
Osub- fora da banda o que vocês fazem pra sobreviverem?
Régis: Sou peão de obra, doméstico, faxineiro, bêbado, zelador, engraxate e servente de pedreiro. E se precisar de alguns desses serviços, é só ligar, porque tenho que pagar Pensão Alimentícia.
Juliano: Eu orêio numa ong do Setor Comercial Sul. 40 horas semanais mortais. Serro pratos rachados também.
Osub- o segundo CD demo “Mar de cadáveres” marca uma faze bem mais madura musicalmente pra banda, o cd é cheio de participações especiais. Como foi processo de composição e gravação do mesmo? E a repercussão tem sido boa?
Régis: Os sons já estavam prontos. Juliano e André pegaram os sons. A gravação foi no ME Estúdio, e os convidados deram um xou de tosqueira! Muito lindo! A repercussão foi: dívida acumulada, brigas com a muié, poucos xous e vendemos umas 3 cópias.
Juliano: Foi loucura do começo ao fim das gravações, nós quase sempre estávamos trolados e sem dinheiro pra pagar o ED (ME Estúdio), mas, como sempre, ele aceitou todos os negócios e escambos possíveis. A gente teve uma ajuda importante no processo, falo do Rogério (Besouro do Rabo Branco), que mostrou como tirar vinho de pedra. Muitas revistas e zines têm divulgado esse cd aí, pedindo entrevistas e tals, tá jóial!
Osub- Sei que a banda se prepara pra gravar o sucessor do “Mar de cadáveres” o que podemos esperar desse novo cd? Já tem previsão de gravação?
Régis: O que vocês podem esperar é um Murro no Olho rápido, sujo e feio pra carái! A previsão: Nois tamo torcendo pra que tomara que tudo dê certo, que só assim, quem sabe, fica pronto até o final do ano.
Juliano: Podem esperar o costumeiro: horror e tragédia. Guitarras fritando, baixo de arame farpado, batera com couro de cascavél, e letras pingando sangue.
Osub- A onda de bandas emo, Hardcore melódico em Brasília vem tomando proporções de movimento. Apesar de achar que esses estilos nada tem haver com nossa cena, por eles não terem uma identidade bem definida. Qual é a posição da banda em relação a isto?
Régis: Não é só emo e hard core melodramático. Isso não passa de mais uma moda! Primeiro, entenda, não somos os melhores nem os maiores! Esses moleque só curte música ruim, e gastam grana com tudo que a modinha deles ditam. Muitos aproveitadores estão aí para cuspir na cara desses orêia seca! Isso acontece no hard core, no metal, no rap e sempre vai existir. Do jeito que eu, Régis, vejo e entendo, até essa bosta do Etno, Bruto etc. é emo também! Aproveitador e oportunista tem de sobra! Mas daqui uns tempo a moda vai ser outra, e sempre vai existir o lado negro da força, que é o underground, tá ligado?! Nesse lamaçal da verdade é que você vai realmente encontrar bandas boas! Seja punk, funk, core, metal, gore, speed, o inferno que seja, se for sincero vai sobreviver!
Juliano: O emo (hc melô) é a completa expressão da apropriação musical do capitalismo, que levou o rock (protesto de origem) e transformou-o numa roda de amigos pequeno-burgueses que choram ao cair da tarde, sem ter o que fazer perante suas mimadas necessidades. Isso nunca foi o rock muito menos hard core. Isso é pop infanto juvenil carente e acima de tudo (e muito pior), conservador! Menos ofensivo que a Xuxa, que ao menos fez um ótimo filme pornô, é ou não é?!
Osub- Muito obrigado pela entrevista fica aqui o espaço aberto ao murro no olho.
É isso ae Amarildo, manda bronca com O Subversivo Zine, demorô! Como você é do Gama, manda dois recadinhos aí cara: 1 – Wilson Lima, suma do rock (aproveitando a deixa do emo), 2 – Wilson Lima e demais políticos, larguem a mão de ser oportunistas!! Cadê a reforma do Galpãozinho caralho!?!?!?!? Abraços
contatos
www.myspace.com/murronoolhocore
AGNOSTIC FRONT EM CURITIBA:
13/09 (sábado) 19h
- AGNOSTIC FRONT
- FATAL BLOW
Local: Hangar Bar
R. Dr. Muricy, 1091 - Largo da Ordem
Curitiba - PR
Fone: (41) 3077-8189
Entrada: R$30 (venda antecipada a partir de 23/09). R$40 (na porta).
Locais da venda antecipada:
- Dr. Rock
Praça Rui Barbosa, 765 - Shopping Metropolitan - Loja 04
Fone:(41) 3324-0669
Curitiba/PR
- Túnel Do Rock
Av. Marechal Floriano Peixoto, 34
Fone:(41) 3322 9502
Curitiba/PR
Venda de ingressos pela internet (de 13/08 a 11/09) : www.liberationstore.com
Realização: Liberation Tour Booking
Apoio: Hangar Bar
Informações gerais: info@liberationmc.com
www.liberationstore.com
DESTRUCTION
A banda alemã de Thrash Metal DESTRUCTION anunciou em seu website uma turnê pela América Latina que passará pelo Brasil no mês de outubro, divulgando o álbum "D.E.V.O.L.U.T.I.O.N.".
Confira algumas das datas anunciadas até o momento:
11/10/2008 - Curitiba
12/10/2008 - Belo Horizonte
14/10/2008 - Fortaleza.
PHRENESY: A banda foi formada no ano de 2003 e no ano seguinte apresentou-se na 2ª edição do Headbanger's Attack Festival. Em 2005, já com a atual formação, gravou a demo 'Do you like mocotó?'. Após uma série de shows, dentro e fora do DF, a Phrenesy gravou, em 2007, sua nova demo, 'The power comes from the beer', contando com um crucial apoio do fanzine No Class. Formação: Wendel (vc), Jabah e Chupita (gts), Josefer (bt) e Aluisio (bx). www.myspace.com/phrenesyband
SECONDS OF NOISE: Em mais de 10 anos de atividade, a SON conta com um vasto currículo de shows, o Headbanger's Attack, no qual apresentaram-se na 2ª edição, foi apenas mais um importante marco. Depois de participações em coletâneas e duas demos gravadas, a Seconds partiu para a gravação de seu debut CD intitulado 'Hell is here'. Adélcio (gt), Ademir (bt), Fábio (vc) e Valterli (bx) são os integrantes.www.myspace.com/secondsofnoisedf
KROW: Banda oriunda do triângulo mineiro, mas precisamente Uberlândia, mesma terra que viu nascer Sarcófago, um dos ícones do Death-Metal nacional. E é no mesmo estilo que a Krow trilha. Totalmente estruturada, em 2006 a banda começa com força total, fazendo um boa seqüência de apresentações, culminando, em 2007, com a gravação da excelente demo 'Contempt for you'. Recentemente abriram o show da banda norte-americana Possessed. Os responsáveis pela Krow são: Guilherme (gt/vc), Mark (gt), Jhoka (bt) e Raphael (bx) e tocaram na 5º edição do Headbanger's Attack. www.myspace.com/krowmetal
FLASHOVER: Quarteto de Thrash que iniciou suas atividades em 1996 e ajudou a escrever importante trecho do estilo na região centro-oeste. Gravou a demo Infamous Country, em 2001, e os CDs Land of Cannibals (2003) e, recentemente, Superior, que dá continuidade a um trabalho coeso e maduro. Além do Headbanger's, onde tocaram durante a 2º edição, a Flashover já tocou em quase todos os festivais de música pesada do Distrito Federal. Formação atual: Daniel (bx/vc), Fernando (gt), Itazil (gt/vc) e Rafael (bt). www.myspace.com/flashoverbr
MOB APE: História curiosa dessa banda que saiu da Paraíba para tentar a sorte com o Rock. A Mob Ape veio parar em Goiânia, onde arrumou novos integrantes, e agora os músicos encontram-se distribuídos entre as cidades de Anapólis (GO) e Samambaia (DF). Foi em Goiânia que a banda encontrou o selo para lançar, em 2005, o debut da banda chamado de 'Terra do medo'. Antes da estréia, porém, a Mob já trazia na sacola uma série de participações em coletâneas em CD produzidas em diferentes pontos do Brasil. Os guerreiros são: Mark (vc), Alex (gt/vc), Marcelo (bx) e Billmor (bt). Participou da 3 º edição do festival Headbanger's Attack, a última na Pirâmide Show, em Taguatinga. www.myspace.com/mobape
DEATH SLAM: Banda que completa, em outubro deste ano, 18 anos de atividade ininterrupta, tempo no qual a Death Slam apresentou-se em uma série de eventos, gravou algumas demos (ainda em K7), lançou LP, compacto, participou de coletâneas diversas, CD e prepara para o lançamento de seu primeiro DVD (já em fase final de produção). A atual formação é: Adélcio (gt), Fellipe CDC (vc), Juliano (bt) e Júnior (bx/vc). Participou da 1º edição do festival, dividindo o palco com bandas como Violator, Cirrhosis e Subtera. www.myspace.com/deathslambr
ORGY OF FLIES: Trio de Death Thrash Metal vindo de Formosa (GO) e que vem tomando o underground de assalto devido a música visceral produzida. A música 'Satanic Legions', retirada da demo de 2005, ganhou recentemente um vídeo caseiro muito visitado no youtube. Participará da coletânea em CD 'Death-Metal Soldiers' e estão fechando com um selo para a lançamento de seu primeiro disco. A Orgu of Flies tocou na 4ª edição, a primeira e única realizada no Zonna Z ao lado da mineira Witchhammer. Formação: Alessandro (bt), Danilo (gt/vc) e Rafael (bx). www.myspace.com/orgyofflies