
A demo "Death Metal" do POSSESSED, de 1984, anterior ao LP "Seven Churches", está disponível para download no site MetalKult.com
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A primeira reação corporativa às denúncias impertinentes foi na linha "quem é este cupim idealista tentando roer nossos pés calejados?". A vida de Nader foi devassada pelos advogados da GM. Nada, absolutamente nada foi encontrado que pudesse desacreditá-lo. Pelo contrário, a investigação da GM acabou fortalecendo a imagem de Nader, que até hoje é o primeiro nas pesquisas americanas quando a pergunta é "quem é o homem mais honesto dos EUA?" Apesar de ter recebido um enorme atestado de bons antecedentes, o cupim idealista ainda teve a petulância de processar a corporação por invasão de privacidade. E o presidente da GM foi obrigado a comparecer na frente de uma comissão do Senado americano, com um imenso rabo entre as pernas, para admitir a má conduta da companhia e realizar o primeiro recall da história.
Com o dinheiro ganho no processo, Ralph Nader fundou o movimento de defesa do consumidor, baseado na colaboração obstinada de milhares de ativistas americanos. Os "Nader Raiders" foram decisivos na criação de leis fundamentais. O movimento atuou em áreas tão diversas quanto a segurança nas estradas, a poluição, a liberdade de informação e a normatização dos ingredientes do hot-dog, entre os quais, nos anos duros de YMCA, se incluíam alguns temperos exóticos, tipo pedaços de jornal e pêlos de porco.
VOTO INÚTIL
Já nos anos 90, Nader se candidatou duas vezes à presidência dos EUA, pelo Partido Verde. Na eleição passada, foi o candidato mais votado depois do Bush e do Gore, emba-lado pelo boca a boca e pelo mail a mail da internet, mesmo tendo uma ridícula fração do orçamento dos grandes partidos. Ele chegou a ter quase 10% das intenções, que, na reta final foram reduzidas a 3%, em função voto útil - ou inútil? - dado ao Partido Democrata.
Nader ainda foi levianamente acusado pela mídia séria dos EUA, o que inclui o New York Times e o Washington Post. Para esses jornais, Nader deveria ter renunciado a favor de Gore e não o fez apenas por vaidade. Eu poderia ficar só achando que ser acusado de vaidoso pela mídia é como ser acusado de ladrão pelo Lalau. Infelizmente, vejo aí o sintoma de algo mais sério, que é o fato de que a grande mídia sofre de uma esquizofrenia profunda em função de sua dupla natureza, de poder mediador e corporação econômica. E que, para sair de sua adolescência histórica, dá sinais cada vez mais claros de que está optando pela identidade empresarial.
Como a gente vive na era de Caras, é possível que você esteja pensando com seus botões "será que o colunista é parente do Ralph Nader?" e "será que é por isso que ele está se desintegrando em elogios?". A resposta é sim e não. Sim, ele é meu parente distante. E não, não é por algum tipo de nepotismo jornalístico que eu o elogio. Gente, só porque meu primo é o pai, eu não estou me achando o tio do neo-ativismo.
http://www.flickr.com/photos/rifadoabrigo
SÃO PAULO, BRAZIL
O Brasil conta atualmente com significativo número de fundos socioambientais, entretanto, a menor parte deles encontra-se em operação. Dos quase mil fundos municipais de meio ambiente criados até 2001, somente 81 encontravam-se ativos naquele ano, segundo dados do IBGE e do Ministério do Meio Ambiente. Em 2005
, estudo do FNMA identificou 50 fundos socioambientais estaduais, dos quais apenas cerca de 15 estavam em funcionamento.
Os fundos socioambientais podem ser públicos ou privados, eles representam uma ferramenta inovadora para a gestão ambiental no Brasil, além de serem a ligação entre o governo e a sociedade civil na implementação de estratégias nacionais, estaduais e locais de conservação e desenvolvimento sustentável. Cada vez mais, eles se consolidam como um espaço ágil e transparente para a realização de projetos, programas e políticas ambientais com a adoção de instrumentos de participação e controle social.
A criação de uma rede que estimule o funcionamento e contribua para o fortalecimento dos fundos socioambientais do país foi uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Associação Brasileira de Entidades Municipais de Meio Ambiente - ABEMA e a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente - ANAMMA.
Fruto das reivindicações da I Conferência Nacional do Meio Ambiente, em 2003, a Rede Brasileira de Fundos Socioambientais deverá articular as diversas ações de financiamento da Política Nacional de Meio Ambiente, estabelecendo um diálogo entre a União, os estados e os municípios. A intenção é fazer com que exista convergência das ações de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável no país, evitando a superposição de investimentos e direcionando os recursos para áreas consideradas prioritárias.
TEXTO RETIRADO DO SITE
http://www.fundosambientais.org.br
Pra saber mais leia o informativo
http://www.fundosambientais.org.br/files/Newsletter1.pdf
O fanzine V.U.L.V.A., impresso em preto e branco, todo em AP 75 gramas e com 16 páginas no total, foi lançado durante o Headbanger´s Attack Festival 2008, realizado em 10 de maio. A proposta editorial é reforçar o feminismo e incentivar o diálogo e informação sobre a opressão de gênero, ou seja, a opressão pela qual as mulheres ainda passam, considerando-se que vivemos em uma sociedade machista.
Parece piada, mas justamente no evento escolhido para lançamento da publicação, um fato lamentável reforçou o argumento das integrantes do coletivo V.U.L.V.A., segundo o qual é preciso estar vigilante para combater os “terríveis sintomas de um machão ridículo: homofobia, violência e sexismo”. Claro que tanto engajamento fomenta controvérsias em vários pontos, mas vou baixar as orelhas por causa do incidente a ser comentado agora.
No Headbanger´s Attack Festival 2008, durante a apresentação da banda Eryness, de Goiânia, um sujeito no meio do circle pit quase botou a perder todo o esforço que havia sido empreendido por muita gente, a fim de realizar um evento que congregasse metal, hardcore e muita paz.
Reportar o fato seguinte sem passionalidade é complicado, principalmente porque todos nós, homens e mulheres, temos um pensamento machista comum. A idéia de que a mulher é frágil e de que o homem precisa protegê-la dos “machos abusados” é quase uma unanimidade. Confesso que eu mesmo penso assim e estou aliviado de não ter presenciado quando uma das quatro garotas integrantes da banda Eryness foi assediada acintosamente durante sua apresentação, uma das mais aguardadas da noite. A expectativa era justamente pelo quinteto ser composto em 80% por belas mulheres, com excessão do guitarrista, único integrante masculino na formação.
Amigos, ligados à produção do Headbanger´s Attack, e alguns e-mails de leitores, relatam que um elemento embriagado aproximou-se duas vezes do palco para passar a mão em uma das garotas da banda. Segundo as mesmas testemunhas, ele só não foi linchado pelos camaradas mais próximos por causa de uma intervenção piedosa da segurança do evento, que o conduziu para fora do show no Círculo Operário, sem, contudo, conseguir impedir que o abusado escapasse de alguns safanões e pontapés.
Muitas vezes falamos aqui sobre paz, igualdade e desejo de transformar a sociedade em que vivemos. Volta e meia nos surpreendemos com atitudes de gente que está ao nosso lado e que, inclusive, já deu uma parcela de contribuição para a cena. Não me refiro a um caso específico ou isolado no underground. A reflexão tem que ser ampla e constante. Botar a cabeça no travesseiro toda noite, reconhecer os erros e tentar aprender com eles não vai tornar nenhum cara menos viril, da mesma forma que lutar por sua emancipação plena vai fazer uma garota ser menos feminina. "Ser ou não ser", na conotação sexual, acredito que passe por um outro processo que não exatamente o exercício do raciocínio. Já ouvi, inclusive, debates em que especialistas garantem não haver a tal "opção sexual". Quem é, é e pronto. Mas isso é um assunto ainda mais polêmico, que não quero aprofundar agora para não perder a linha que conduz essa análise do Headbanger´s Attack 2008 (diga-se de passagem, com produção bastante elogiada pelos músicos e pelo público), em paralelo com o lançamento do fanzine feminista V.U.L.V.A..
Com relação ao episódio de assédio durante a apresentação da banda Eryness, sei que é chato, mas comentar o fato ajuda a amadurecer a idéia de que o respeito é fundamental em quaisquer relações humanas.
Resta agora acalmar um pouco os ânimos e esperar que a lição tenha sido assimilada. É preciso respeitar as mulheres que freqüentam e fazem a cena e todos que estão, com muita luta, conseguindo espaços para as bandas mostrarem seu trabalho. Fato agravante é que o envolvido no condenável acontecimento de desrespeito à figura feminina, foi identificado como vocalista de uma banda local do DF, a qual não terá seu nome citado por acreditar que os demais componentes não comungam com a atitude do colega, inclusive já tendo manifestado a intenção de expulsá-lo da formação.
O Eixo Brasília-Goiânia sempre foi marcado por um intercâmbio intenso, de muita camaradagem. Como parceiros há três anos do Headbanger´s Attack, em nome da equipe do Zine Oficial, nossas sinceras desculpas às quatro integrantes da Eryness e também ao guitarrista pelo incidente que, de fato, foi uma lamentável manifestação do tema abordado pelas editorialistas do fanzine V.U.L.V.A., como já disse antes, lançado durante o Headbanger´s Attack 2008: “Entristece ver a proliferação de um discurso libertário hipócrita que se resume a uma pancada de frases feitas, quando na prática o sexismo continua enraizado em cada um(a) de nós.”
por: Tomaz André, Editor do Zine Oficial
Pra baixar esse zine é clicar e boa leituraNão No fim dos anos 80 a banda muda o nome pra ARD, como foi o processo pra escolha do mesmo?
R- Consideramos que a mudança ia melhorar a vida dos produtores e simpatizantes, mais tarde saberíamos que não fomos muito felizes, atualmente acredito que o nome antigo deveria ter sido mantido. Cada um membro da banda ficou com a tarefa de propor um nome novo, mas a idéia final surgiu com Achiles que aliou nosso pensamento anti-bélico com o símbolo da radiação(ex-baixista), o significado da sigla tem inúmeras possibilidades, vou inclusive criar uma camiseta com pelo menos 10 significados diferentes e toscões.
Após o split e as mudanças de nome e formação o ARD entra em estúdio e grava o LP “Causas para Alarme” a sonoridade desde Lp é absolutamente diferente do Split. As letras mais agressivas o som mais rápido como foi a concepção dele?
R- Cara, falando sério, existem coisas que só o tempo para mostrar, coisas que não imaginamos nem programamos. Eu particularmente achei que a produção, leia-se sugestões, da Devil atrapalhou nossos planos, mas o mais incrível é que anos depois o disco viria a se tornar uma verdadeira pérola do hardcore nacional. Eu imaginava algo mais sujo, toscão, quase d-beat, mas com a insistência e marcação cerrada, exigindo melhoras na dicção, no timbre limpo e etc, saiu o que saiu. Mas teve música que tivemos que fazer na semana da gravação, como por exemplo, “Quem quer a guerra!”,que fizemos pensando na participação do Cólera,que infelizmente não aceitaram participar sem uma ajuda de custo.
É do “Causas para Alarme” que o ARD tem os clássicos musicais como “Maggie” e “Cão de Guerra” verdadeiros hinos da banda. É fácil ver a galera pedindo estas musicas nos shows qual é a historias delas? Deste disco qual musica você prefere?
Maggie é exemplo extremo da influência do The Exploited nas composições da banda. Basta lembrar Mr. Buchan berrando “- i´ve been made an orphan!!!! ...para nos remetermos a Maggie. Já Cão de Guerra foi criada na tentativa de colaborar com o Rattus quando lançaram a música Keppia Ronaldilee (acho que escrevem assim). Apesar de toda a festa da galera das antigas com estas duas, prefiro prejuízo final, pois acho que ela é dá nome ao disco Causas para Alarme.
Com a explosão do metal nacional no fim da década de 80 muitas bandas de Hardcore aderiram ao Crossover estilo da moda na época. Poucas bandas punks continuaram com a proposta inicial e o ARD foi uma delas. Eu vejo o “Causas para Alarme” como a resistência na época. Recentemente o ARD relançou o “Causas para Alarme” que até pouco tempo era artigo de colecionador, quando o selo local GBG Discos o tira da obscuridade e finalmente depois de 17 anos, o lp volta ás lojas agora em versão Cd. Isso dá oportunidade a muitas pessoas conhecerem este disco que pra mim é um clássico do punk Brasileiro.
Na contracapa deste LP tem um texto sobre o que seriam as “Causas para Alarme”. O texto se mantém bem atual, Quais são as causas para alarme pra você hoje?
Essa pergunta só pode ser respondida com uma pior que a mesma. Será que dentre todas as causas citadas no texto, alguma delas mudou? A resposta é sim. As portas já estão trancadas, a transgenia ta aí para garantir que não estávamos errados quanto aos novos produtos de consumo. A AIDS cada dia é mais contaminante, pois a juventude sexualmente ativa, não dá a mínima para a idéia de sexo seguro. Enfim, a causas foram amplificadas, infelizmente para pior.
O ARD é a única banda conhecida do cenário nacional que adota outros idiomas pra passar sua mensagem tendo musicas gravadas em Inglês, Alemão e Espanhol como isso começou e por quê?
Não acho que sejamos a única banda que começou a fazer isso naquela época, mas garanto que éramos os mais toscos do mundo. A gente começou isso meio satirizando o excesso de coisas estrangeiras dominando a nossa já tão misturada língua. Daí a sacanagem ou provocação era: somos tão toscos que fingimos cantar alemão, inglês e espanhol e conseguimos convencer com isso, enquanto quando cantamos em português parece soar estranho. Claro que de cara, para ficar mais interessante e praticarmos as pronúncias, a banda tocava todos os clássicos das gringas, do inglês escrachado dos DK, Adolescents, English Dogs, The Exploited e Discharge, até os desconhecidos Grauzone (der Weg) e Razzia (fuck the army) dentre tantos. Era muito legal soar diferente e estrangeiro quando sequer sabíamos usar bem nosso idioma nativo (tupi- guarani),na verdade ainda não sabemos nada, exceto as palavras de domínio comum de toda a população brasileira.