sábado, maio 10, 2008

Headbangers Attack 2008 hojeeeeeeeeeeeeee

Entre muitos projetos, Fellipe CDC dedicou atenção especial à realização anual do Headbanger´s Attack, festival que chega a sua sexta edição nesta semana (isso mesmo, mais de meia década!) sem repetir uma banda sequer. Nessa longa conta matemática/musical, somaram-se 56 atrações diferentes, dando oportunidades para muita gente mostrar seu trabalho. O público do DF e Entorno, por sua vez, pôde ver a evolução de nomes locais e conhecer o som de bandas de outras regiões.

Só para citar as duas edições anteriores, o Headbanger´s Attack recebeu Orgy of Flies (GO), Blazing Dog (DF), Eternal Devastation (GO), Life is a Lie (SP), Abhorrent (DF), Wittchhammer (MG), ARD (DF) e Podrera (DF), além de Disforme (DF), Utgard Trolls (DF), Slaver (DF), Mortal Dread (GO), Adviser (GO), Krow (MG), Scourge (MG) e Attero (MG), em 2006 e 2007 respectivamente.

Em mais uma empreitada que promete arrastar um público fiel, o Headbanger´s Attack 2008 acontece sábado, dia 10 de maio a partir das 16 horas no Círculo Operário do Cruzeiro com as bandas Pesticide, Scumbag, Sete Pele, Bruto, Possuído pelo Cão, Eryness (GO) e Taurus (RJ). Este ano, Pedro Pôney e Merchanda Carlos, ambos do Programa Underground Ways, animarão o intervalo entre as trocas das bandas com entrevistas e muito metal e hardcore. Ingressos R$ 12,00.

Como já virou tradição, sempre há entre as bandas convidadas algumas que não são headbangers, mas, sem sombra de dúvidas, o Headbanger´s Attack 2008 é a grande atração de sábado (10/05/2008) para os amantes do metal. Chegue às 16 horas e curta todas as bandas, além de concorrer a vários prêmios, entre os quais camisetas do Zine Oficial, tatuagens e CDs!Tomaz

MAPA DO BURACO
http://www.zineoficial.com.br/Templates/abril_2008/semana%203/mapa_circulo_operario.html

terça-feira, maio 06, 2008

Entrevista Volkana "Os primeiros passos"

Primeira foto oficial da Volkana
Você vai encontrar essa entrevista no zine oficial Tambêm pois cedi a meu amigo Tomaz para que ele postasse primeiro . Essa é a segunda entrevista do projeto "os Primeiros passos".

Foi um prazer entrevistar essas moças da Volkana, banda que eu já admirava há tempos, desde sua formação e shows memoráveis! Vale lembrar que esta entrevista foi feita antes mesmo da confirmação oficial da volta delas.
Após um longo inverno a Volkana floresce novamente, no mesmo lugar do topo. Desde que a banda findou suas atividades, nunca mais o metal nacional conheceu outra banda feminina que tenha tido tanto reconhecimento na cena nacional. A Volkana tem lugar certo na história do metal Brasil e da cena de Brasília, mesmo não sendo a primeira banda feminina da capital. A pioneira foi a banda Autópsia, formada por Syang, Débora e Marielle. Foi desta banda que surgiram o P.U.S. e a Volkana, a mais conhecida.
A banda ensaia agora sua volta em grande estilo, com a formação clássica do 1º LP mais a Renata, guitarrista do segundo registro, Mind Trip. A entrevista que se segue é um bate papo com a duas figuras centrais da banda, a vocalista Marielle e a baixista Mila. Divirtam se!

A espinha dorsal da Volkana Karla (gts), Marielle (vc) e Mila (Bx)
Marielle e Mila é um prazer tê-las aqui no nosso zine. A Volkana vai se reunir novamente o que vocês podem nos adiantar sobre essa reunião, qual é a nova formação? Que sentimento motivou esse retorno?
Marielle:
Oi pra todos.. O prazer é todo meu em poder falar e contar um pouco da história das Volkanas pra vocês...
Bom, estamos voltando sim! Deu a maior vontade de tocarmos juntas de novo, pois algumas pessoas que gostam do nosso trabalho, através da comunidade do orkut, pediam sempre pelo menos um show de reencontro, daí eu e a Mila, que sempre estamos conversando, resolvemos conversar com o Serginho (Sergio Facci - bateria), as guitarristas Karla Carneiro e Renata (que fez parte da segunda formação da Volkana), e sairmos fazendo uns barulhos pelo país a fora..vai ser legal... ainda mais assim na formação clássica.


Vocês se lembram do último show juntas? E o que esperam do primeiro show após essa volta?
Marielle:
Bom, o meu último show com a Volkana foi no Aeroanta em São Paulo, não lembro bem com quem foi, mas foi legal como todos os shows que fizemos juntas. Agora para esse retorno acho que a “vibe” será a mesma: muita energia e prazer em estar no palco.. a Mila não se agüenta mais de vontade de tocar... Eu, Serginho e Renata continuamos tocando, mas ela ta com o famoso “sangue no zóio” pra voltar aos palcos... E isso é muito bom, né?


(Para Marielle) De todas as Volkanas você foi a única que permaneceu no meio musical. Quais os projetos que você participou nesse período em que a Volkana descansava?
Marielle:
Eu voltei para Curitiba onde toda minha família estava por causa da doença de meu irmão, Mariel Loyola, que fez uma participação mais que especial no disco First da Volkana, e após a morte dele, eu perdi totalmente a vontade de cantar... Ele era muito meu parceiro em tudo... Daí fiquei por aqui e me mantive longe da música pelo menos por 3 anos, mas não agüentei. Logo resolvi montar a Cores D Flores, banda na qual trabalho com muito prazer até hoje e que está lançando seu terceiro CD, intitulado Paixão. A Cores pAra mim é uma síntese musical de tudo que fiz na minha carreira até hoje, tem o peso da Volkana, as letras ansiosas e cheia de buscas sentimentais da Arte no Escuro, e uma “levadinha” às vezes acelerada da Escola de Escândalo. Na verdade, não parei em nenhum minuto de respirar música!!

A banda, no início, foi formada por musicistas de estilos distintos dentro da cena emergente de Brasília. A Débora (bateria) e Milla tocaram na lendária e ainda ativa banda Detrito Federal (Punk), na formação em que tínhamos a Syang também na guitarra e você nas cultuadas bandas Arte No Escuro (gótico) e Escola de Escândalo (pós punk) Como juntar essas diferentes correntes musicais e fazer metal.
Marielle:
Pois é, né?! Muito doida essa mistura... Mas acredito que isso que deu a liga para a personalidade da Volkana... Foi assim... Eu e Débora (batera da primeira formação efetiva da Volkana) éramos muito amigas, e fizemos uma banda chamada Autópsia com a Simone (Syang) de death metal, mas era mais a cara da Sy e não muita a nossa, tanto que depois que se separamos ela fez o P.U.S. (Porrada Ultra Suicida), Estávamos descobrindo o metal através do Fejão, que era guitarrista da Escola de Escândalo e fazia meio que “lavagem cerebral” na gente com muito heavy metal... Daí eu e ela conhecemos Metallica, Slayer, uicidal Tendencies, Anthrax... Aí já era! Nos apaixonamos pelos timbres e levadas. Nessa época, a Mila já estava formando a Volkana, que tinha a Ana (Flammea) na batera, a Karla no vocal e na guitarra, junto com a Eliana também guitarra. Já éramos amigas, daí com a saída da Ana e da Eliana a Mila chamou eu e Débora pra tocarmos com elas, daí tudo começou!!! Ai fu....huahuahuahuha!


Hoje temos uma cena bem mais dinâmica que no tempo em que a Volkana estava na ativa. Há mais revistas especializadas, web magazines. A importância da internet é incontestáve.É graças a ela que a banda se manteve viva até hoje. Muitos que não conheceram a Volkana na época, baixa os discos e se tornam fãs. Por falar nisso, sei que a demo “Trash Flowers” ainda permanece inédita em material oficial. A Volkana tem mais algum material, digamos, “escondido” (risos)? Sobras de gravações... Alguma coisa ao vivo?
Marielle:
Putz...que eu saiba não... Na real, não lembro, pode até ter... Gravamos algumas coisas quando estávamos ensaiando com os Titãs pra tour que fizemos com eles. O Charles gostava do som e fez umas produções musicais lá... Gravamos algumas coisas, agora não sei se isso ainda existe. Que eu me lembre é só isso!!


Mila:
Em casa eu ainda tenho o rolo, onde gravamos nossa demo. Ainda era gravado em rolos... Foi num estúdio em Brasília mesmo. A Marielle deve lembrar do nome. Não tenho nada comigo também, de material novo ou inédito. Acho que nossa criatividade musical não era assim tão privilegiada e farta...rsss...

Os discos há muito tempo estão fora de catálogo. Nunca ouve interesse em relançá-los?
Marielle:
Na real, eu estava tão “internada” na dedicação à Cores D Flores durante esses anos que nunca me preocupei muito em saber mais sobre as possibilidades de relançamentos da Volkana, mas sei que agora temos pessoas interessadas, pois com o retorno da banda fica mais fácil relançar e comercializar, pois as pessoas não fazem nada sem pensar em retorno financeiro, né? A arte por ela mesma não vale muito, nem mesmo como história, como seria o caso de uma banda como a Volkana, histórica e sem similares... hauhauhauha!!!

Mila:
Isso é interessante realmente: enquanto a Volkana existiu, nós éramos tratadas com muito respeito, carinho mas com aquela pontinha de preconceito. Acho que as pessoas ainda criticavam e exigiam muito de nós. Hoje percebemos que fomos mais que guerreiras e o que fazíamos era muito bom mesmo. Nós fazíamos tudo sozinhas sem dinheiro apenas com apoio de alguns patrocinadores. Mas fomos as únicas responsáveis por durar 10 anos. E agora, se realmente conseguirmos voltar, acho que vamos ter mais apoio e teremos olhos sobre nós novamente com outra conotação.

Marielle hoje

Autópsia, Flammea, Valhalla e Volkana são bandas que têm muito em comum. Todas nasceram em Brasília, tocam metal e foram formadas por mulheres. Brasília sempre foi celeiro de boas bandas. Vocês ainda mantêm algum vínculo com Brasilia?
Marielle:
Claro! Eu amo Brasília, tudo mudou e começou na minha vida em Brasília... Fui para aí com uns 13 anos, época de mudanças naturais na vida de um ser humano... E na minha foi tudo de bom, pois conheci pessoas maravilhosas e que realmente fizeram diferença na minha vida e de muitos.
Meu filho mora em Brasília, é músico, foi de uma Banda chamada Colina. Teve uma música inserida em uma novela da Rede Globo (Alma Gêmea), tem um estúdio de ensaios no Lago Norte e trabalha muito com o Philippe Seabra, da Plebe Rude, que também está produzindo vários materiais legais aí pelo seu Selo “Sr. F”. Tenho muitos e muitos amigos em Brasília, na real, acredito que os melhores e mais queridos estejam por aí!!! E quanto aos trabalhos de metal saídos de Brasília, sem comentários, né? Acho que a própria história do rock nacional irá registrar, não só no metal... Acho que se tem uma coisa que Brasília produz, e muito bem, são grandes bandas e grandes músicos, que estão espalhados por todo País, tocando com os melhores da música nacional!!


Mila:
Bom, eu se não fosse a net e minha irmã ter ido morar em Brasília, seria difícil qualquer referência daí. Morei 10 anos em São Paulo e agora já estou há 8 anos em Bauru, interior paulista. Fica muito difícil manter o vínculo com essa distância toda, mas ainda bem que existe a net. Mantenho contato com o pessoal da (banda) Detrito Federal, que também cogitou a minha volta. Só não voltei porque estou aqui, e não tem como largar tudo pra ir para Brasília só tocar. Mas minha vontade é enorme...

Marielle e Milla agradeço pela entrevista. Espero vê-las tocando novamente em muito breve. Desejo que este reinício coloque novamente a Volkana no topo, seu lugar de direito. Boa sorte a todas. O espaço é todo seu.
Marielle:
Bom, quem agradece o espaço sou eu. Gostaria de deixar um recadinho a todos que gostam de boa música: ”acreditem sempre na alma de um músico... Ela é capaz de coisas maravilhosas...”
Desejo a todos muita paz e que Deus continue iluminando os nossos caminhos.
Queria aproveitar seu espaço aqui e passar os myspace da Cores D Flores e da Volkana, e pedir para que entrem em contato com a gente sobre as músicas preferidas das Volkanas, para podermos realmente fazer um repertório que agrade nosso público, pois se estamos voltando a tocar é só pra vocês, tenham certeza disso!!!
E sobre a Cores D Flores, estamos lançando um novo CD que terá seu lançamento em Brasília em junho agora. Nos aguardem!!! Beijos a todos...


Mila:
A Marielle já falou tudo. Nos aguardem!!! Estamos voltando para quem já conhece, para quem tem vontade de conhecer, para todas as pessoas que nos falam diariamente que fomos e somos inspiração delas. Beijooooooo!!!


www.myspace.com/coresdflores
www.myspace.com/volkana

sábado, maio 03, 2008

Fanzine ACID FARTED N º 10 pra Download

Pela primeira vez aqui no OsubversivO zine estaremos disponibilizando para download o fanzine ACID FARTED editado pelo companheiro Fabio Guedes ou Frajola para os intimos........kkkk com esse já soma 4 zines q disponibizamos aqui pra vocês. segue abaixo o editorial da 10 edição do Acid Farted

Editorial
Meu primeiro contato com fanzines se deu em meados de 1990, foi amor à primeira vista! Achei incrível ver como um veículo feito de forma simples e artesanal conseguia suprir todas as informações que eu buscava e não encontrava com facilidade. Por volta do final de 1992 decidi que queria fazer parte desse mundo tão fascinante. Em meados do ano seguinte colocava a primeira edição do Acid Farted nas ruas. Com muita dificuldade fui tentando aprimorar meu impresso a cada edição, sempre aprendendo com os erros. Hoje estou aqui, mantendo esse trabalho com muita garra e persistência. Algo que se assemelha à trajetória da banda Corpse Grinder, que ao longo de duas décadas vem mantendo firme a sua paixão pelo underground. Poucos conseguiram se manter fiéis por tantos anos, e é por isso que ela é a banda convidada dessa edição de número dez. Que traz ainda alguns textos bacanas, um deles do meu amigo Péricles. Além da já tradicional seção de resenhas. Esperamos que todos gostem. E se possível entrem em contato conosco para expressarem o que estão achando! Um abraço e até a próxima!
Fábio Guedes

Staff: Fábio Guedes (F.G) e Denis Costa (D.C)
Colaboração: Péricles Lugos e Patrícia Ribeiro

Contatos: Qro-A; Conjunto RT; Casa 22* Candangolândia* Brasília/DF Cep: 71.727-001 (61) 3562-3573/ 9817-1140
frajox@hotmail.com ou deniscostadsc@gmail.com



Clica aqui ou na capa acima

domingo, abril 27, 2008

Entrevista ARD, "os primeiros dias -2ª PARTE"

Finalmente a segunda parte da entrevista do ARD. Nesta parte Gilmar fala sobre a mudança de nome e sobre o clássico lp "Causas para Alarme", disco que projetou a banda no cenário nacional.

Divirtam se

Não No fim dos anos 80 a banda muda o nome pra ARD, como foi o processo pra escolha do mesmo?

R- Consideramos que a mudança ia melhorar a vida dos produtores e simpatizantes, mais tarde saberíamos que não fomos muito felizes, atualmente acredito que o nome antigo deveria ter sido mantido. Cada um membro da banda ficou com a tarefa de propor um nome novo, mas a idéia final surgiu com Achiles que aliou nosso pensamento anti-bélico com o símbolo da radiação(ex-baixista), o significado da sigla tem inúmeras possibilidades, vou inclusive criar uma camiseta com pelo menos 10 significados diferentes e toscões.

Após o split e as mudanças de nome e formação o ARD entra em estúdio e grava o LP “Causas para Alarme” a sonoridade desde Lp é absolutamente diferente do Split. As letras mais agressivas o som mais rápido como foi a concepção dele?

R- Cara, falando sério, existem coisas que só o tempo para mostrar, coisas que não imaginamos nem programamos. Eu particularmente achei que a produção, leia-se sugestões, da Devil atrapalhou nossos planos, mas o mais incrível é que anos depois o disco viria a se tornar uma verdadeira pérola do hardcore nacional. Eu imaginava algo mais sujo, toscão, quase d-beat, mas com a insistência e marcação cerrada, exigindo melhoras na dicção, no timbre limpo e etc, saiu o que saiu. Mas teve música que tivemos que fazer na semana da gravação, como por exemplo, “Quem quer a guerra!”,que fizemos pensando na participação do Cólera,que infelizmente não aceitaram participar sem uma ajuda de custo.

É do “Causas para Alarme” que o ARD tem os clássicos musicais como “Maggie” e “Cão de Guerra” verdadeiros hinos da banda. É fácil ver a galera pedindo estas musicas nos shows qual é a historias delas? Deste disco qual musica você prefere?

Maggie é exemplo extremo da influência do The Exploited nas composições da banda. Basta lembrar Mr. Buchan berrando “- i´ve been made an orphan!!!! ...para nos remetermos a Maggie. Já Cão de Guerra foi criada na tentativa de colaborar com o Rattus quando lançaram a música Keppia Ronaldilee (acho que escrevem assim). Apesar de toda a festa da galera das antigas com estas duas, prefiro prejuízo final, pois acho que ela é dá nome ao disco Causas para Alarme.

Com a explosão do metal nacional no fim da década de 80 muitas bandas de Hardcore aderiram ao Crossover estilo da moda na época. Poucas bandas punks continuaram com a proposta inicial e o ARD foi uma delas. Eu vejo o “Causas para Alarme” como a resistência na época. Recentemente o ARD relançou o “Causas para Alarme” que até pouco tempo era artigo de colecionador, quando o selo local GBG Discos o tira da obscuridade e finalmente depois de 17 anos, o lp volta ás lojas agora em versão Cd. Isso dá oportunidade a muitas pessoas conhecerem este disco que pra mim é um clássico do punk Brasileiro.

Na contracapa deste LP tem um texto sobre o que seriam as “Causas para Alarme”. O texto se mantém bem atual, Quais são as causas para alarme pra você hoje?

Essa pergunta só pode ser respondida com uma pior que a mesma. Será que dentre todas as causas citadas no texto, alguma delas mudou? A resposta é sim. As portas já estão trancadas, a transgenia ta aí para garantir que não estávamos errados quanto aos novos produtos de consumo. A AIDS cada dia é mais contaminante, pois a juventude sexualmente ativa, não dá a mínima para a idéia de sexo seguro. Enfim, a causas foram amplificadas, infelizmente para pior.

O ARD é a única banda conhecida do cenário nacional que adota outros idiomas pra passar sua mensagem tendo musicas gravadas em Inglês, Alemão e Espanhol como isso começou e por quê?

Não acho que sejamos a única banda que começou a fazer isso naquela época, mas garanto que éramos os mais toscos do mundo. A gente começou isso meio satirizando o excesso de coisas estrangeiras dominando a nossa já tão misturada língua. Daí a sacanagem ou provocação era: somos tão toscos que fingimos cantar alemão, inglês e espanhol e conseguimos convencer com isso, enquanto quando cantamos em português parece soar estranho. Claro que de cara, para ficar mais interessante e praticarmos as pronúncias, a banda tocava todos os clássicos das gringas, do inglês escrachado dos DK, Adolescents, English Dogs, The Exploited e Discharge, até os desconhecidos Grauzone (der Weg) e Razzia (fuck the army) dentre tantos. Era muito legal soar diferente e estrangeiro quando sequer sabíamos usar bem nosso idioma nativo (tupi- guarani),na verdade ainda não sabemos nada, exceto as palavras de domínio comum de toda a população brasileira.

sábado, abril 19, 2008

Ixar aPunk Core Fest

Contribuição Gilmar Vocalista do ARD

30 de março de 2008. APOAL- Águas Lindas de Goiás-GO.
De volta às resenhas. Atrasado, porém de prontidão.
A viagem: desconsiderando o título inicial, sem nenhuma alusão à distância de Centro de Taguatinga até Aguas Claras. O loucão do Rato Morto, batera do Under the Ruins, simplesmente tentou um atalho, que nos custou uns 300 quilômetros a mais (exageros à parte), quase perdemos a entrada da cidade e ainda “brincamos” como o pensamento doente sobre a relação entre acidentes na represa e o cemitério de ônibus nas proximidades.

O local: um espaço do tamanho de uma sala de estar, cedido pela cooperativa APOAL. A chuva literalmente obrigou todos a entrarem. Assim, quando a primeira banda inicou os primeiros acordes, já havia uma galera esperando. No cimento grosso, bom para cair de joelho e não tirar pedaços...rsrsrs. No ambiente minúsculo ainda havia uma máquina de misturar cimento, onde me sujei todo de graxa, tentado escorar o corpo velho e cansado na máquina. E a galera do Murro no Olho ainda montou uma banca de exposição de material, o que só veio a colaborar na composição do cenário literalmente hardcore (caroço-duro) para o evento. Mas ainda havia a figura mais interessante da festa. Um cachorrinho bonitinho, do tipo vira-latas que insistia em dormir em uma das caixas PA´s, que pelo visto não funcionava. Mas vamos ao show.

AS Infantil - Abrem o evento, com uma inexplicável timidez, mas aos poucos vão produzindo a velha adrena e a coisa esquenta. Acho que poderiam ter feito uma apresentação melhor, se soubessem usar melhor a afinação e a vantagem do local pequeno, principalmente porque durante os clássicos covers executados a galera correspondeu bem. O importante é que eles continuem, afinal, todos surgem assim. Vida longa de insistência aos AAI.

Aversão – Levam um punk rock de primeira, afinação em solzão, muito empolgante. Como não conheço as músicas, me dediquei a ver o desempenho da banda ao vivo. Tirando a inevitável tosqueira natural da perda de ritmo, típica de bateristas que ralam muito para segurar sem demonstrar o evidente cansaço, a banda se movimenta bem e sabe chamar a galera na hora das rodas de pogo ou circle pit, ou como queira chamar. Apesar de achar importante a banda demonstrar as boas influências quando executam covers de suas bandas prediletas, acho que exageraram um pouquinho, no mais... só sucesso! “Punk rock não morreu!”.
Tampa de Fossa – A banda mais tosca do mundo, e ainda chegaram a comentar que onde eles tocam sempre rola chuva. Serão estes bons ou maus sinais? Vai saber! No entanto, os caras detonaram, não deixaram a crowd parar um segundo, clássico sobre clássico do velho bom e sujão paticum 77. Quem não dançou, dançou!!! Ótimo show.

Under de Ruins- Há tempos não assisto uma apresentação tão raivosa como a dessa galera. Os caras levam um D-beat cruel, sangrento e de altíssima qualidade técnica. Fiquei fá na hora (pagações de pau explícita e descarada ...rs). Mas o que dizer de uma banda que executa com precisão Dischargeana todas as suas descargas de fúria e protesto? Só tenho uma pequena observação (falei isso pessoalmente): o som poderia ter sido melhor aproveitado se não fosse a complicação que é usar pedal de efeitos como aquele para tocar um hardcore tão cru como o deles. Viva o Hardcore dos anos 80, 90 e 2000!!! Sou suspeito, mas até então, a apresentação do Under the Ruins, era de longe a melhor do programa daquela noite...

Murro no Olho- Mas aí vieram os bebuns mais loukões do planeta Punk da Morte. O trio tá afiado como navalha, tocaram todas as canções de sangue, ódio e cuspe voaram longe, pela bocarra nervosa de Regis, agora com seu baixo estilizado (preso a uma corrente de 100 quilos). Set alucinante, com destaque pra um bebum que clamava aos berros : “ - escuta aqui meu querido....guuros fot felf eodos de gheeum ta? E também para a chocante cena do tiozinho aqui, mais animado do que sempre, tentando derrubar todos os locais como um tsunami indo contra a roda.. Quase parando o show, pois como não era conheci da galera que tentava manter-se no ritual estranho de rodar na mesma direção...ahahha. Depois de uns deixa disso para com isso, o massacre continuou (desculpa aceitas, todos voltam com todo o gás para participar da carnificina promovida por Pé de pano e Juliano, ambos detonando em todos o sentidos, acho que pelo fato de contar com um “china”, a bateria mais parecia um grito de lamúria em uma guerra do que um instrumento que ditava o ritmo dos punks da morte. Apesar da galera do show se encontrar em estado de descrença total, pelo cansaço da furiosa roda de pogo, os caras tocaram pelo menos uma 5 músicas em uma série interminável e admirável de bis... Melhor show dos caras na minha opinião!!!! Massacre da Serra elétrica em Águas Lindas... Ganhamos o domingo, mesmo tendo que quase virar a noite esperando um busão pro Gama e ainda por cima encontrar o biives na rua tentando perguntar algo como: Eiii, gurum acharum mischungindou?... Vida lôka!!!!

sexta-feira, abril 18, 2008

KILL AGAIN RECORDS NEWS 15/04/2008

Denim and Leather assina com a Kill Again Records.
A banda paulista de Heavy Metal tradicional Denim and Leather assinou contrato com a Kill Again Records para o lançamento de seu primeiro álbum, já intitulado Watch out !!!. O CD virá com 11 faixas do mais puro Heavy Metal influenciado por bandas da N.W.O.B.H.M, incluindo uma cover de Evil Games (Angel Witch). O lançamento de Watch Out !!! chega justamente quando a banda completa 10 anos de atividades. A banda possui já lançou quatro Demos, além de participações em Coletâneas e em um álbum tributo ao Manilla Road. O lançamento de Watch Out !!! está previsto para o dia 10 de Junho/2008. Para ouvir a faixa título do CD entre em: www.myspace.com/denimleather
Maiores informações: www.killagainrec.com

Chemical Assault, Debut álbum dos Thrash maníacos do Violator, sendo lançado na Europa em LP e CD.
O primeiro álbum da banda brasiliense de Thrash Metal Violator , Chemical Assault, está sendo lançado na Europa nos formatos CD e LP. A versão LP acaba de ser lançada em conjunto pelos selos alemães Metaleros Records / Iron Bonehead Prods, limitada em 666 cópias. Esta edição em breve estará disponível para distribuição no Brasil pela Kill Again Records. Para reservar sua cópia, envie um e-mail para: killagainrec@yahoo.com.br A versão em CD será lançada no velho continente pela gravadora inglesa Earache Records, no mês de Junho deste ano.
Maiores informações: www.killagainrec.com

"W:O:A Metal Battle Brasil" Salvador: Insaintfication está classificado para a Final Nacional
Foi realizada durante a tarde e noite do dia 6 de abril, a seletiva regional de Salvador/BA do "Wacken Metal Battle Brasil 2008". Terminadas as apresentações de Cobalto, Nomin, Insaintfication, Agnes e Templarius, o Insaintfication, executando um Thrash Metal arrebatador que estremeceu o Boomerangue, foi o escolhido através de votação feita pelos cinco jurados e público. A banda voltará a se apresentar na grande final, que será realizada no dia 10 de maio no Clash Club, em São Paulo /SP.
A seletiva de Salvador, a exemplo de 2007, foi um sucesso de público e organização, com um nível elevadíssimo das bandas participantes da competição.
Fonte: www.roadiecrew.com
Maiores informações: www.killagainrec.com

Chemical Assault, Debut album from Thrash maniacs Violator, being released in Europe .
The first album from brazilian Thrash Metal maniacs Violator, Chemical Assault, is being released in Europe in formats CD and LP. LP version finishes to be released in cooperation from German labels Metaleros Records / Iron Bonehead Prods, limited in 666 copies. For buy its copy, go to: www.metaleros.de or www.ironbonehead.de The CD version in will be released for Earache Records (www.earacherecords.com) in June / 2008. Reserve your copy !!
More infos: www.killagainrec.com

Denim and Leather signs with Kill Again Records.
Brazilian Heavy Metal band Denim and Leather signed contract with Kill Again Records for to release debut album, already intitled Watch out !!!. Album will have with 11 tracks of the purest Heavy Metal influenced for bands from N.W.O.B.H.M, included Evil Games (Angel Witch's cover song). Watch Out!!! Will be arrive exactly when Denim and Leather complete 10 years of activities. The band already have released four Demos, some participation in Compilation albums and also in an album tribute to Manilla Road . Release of Watch Out!!! is foreseen for 10 of June/2008. For hear a sound from album, check here: www.myspace.com/denimleather
More infos: www.killagainrec.com
Kill Again Records
Metal to Kill Bastard Posers!!!!

Novos lançamentos disponíveis / New avaiable releases:

(KA 029) Released Anger - Faces of Fate

Depois de seu excelente EP de estréia Violent Instincts, essa assassina banda grêga lança seu primeiro e aniquilador álbum. São 11 faixas do mais intenso, cortante e esmagador old Thrash Metal que fará o mais exigente Headthrasher bangear sua cabeça. Incluindo a cover de Power Thrashin' Death (Whiplash). Ouça uma música: www.myspace.com/killagainrec

(KA 030) Sacrario - Catastrophic Eyes

Catastrophic Eyes é o primeiro álbum da banda gaúcha de Thrash Metal Sacrario. Gravado em 1999, este trabalho nunca foi lançado oficialmente, devido, principalmente, por a banda ter encerrado suas atividades no ano seguinte. Agora, 09 anos depois, a Kill Again Records lança este poderoso álbum do Thrash Metal nacional. São 13 agressivas faixas moldadas na velha e devastadora escola brasileira do estilo. Ouça duas músicas clickando aqui: www.myspace.com/killagainrec
Próximo lançamento / Next release:

(KA 031) Denim and Leather - Watch Out !!!
www.myspace.com/denimleather
Kill Again Records
Metal to Kill Bastard Posers!!!!


www.killagainrec.com www.myspace.com/killagainrec

quarta-feira, abril 16, 2008

Show do Besatt em Brasilia

Em Breve mais informações sobre as bandas.

BESATT (Polônia)
Bandas de abertura :

Sarcasmo (MG),

Vultos Vociferos (DF)

e Necrosodomy (MT)
Sexta dia 16/05/08

Local : Blackout Bar - 904 Sul - Brasilia/DF

sábado, abril 12, 2008

Entrevista ARD, "os primeiros dias -1ª PARTE"


Em comemoração aos 23 anos do ARD fiz essa entrevista com Gilmar único membro remanescente da formação original do ARD/Stuhlzapfchen Von N, abordaremos nesta primeira parte os primeiros dias do Stuhlzapfchen Von N (atual ARD) o lendário Split com o BSB-H a Devil discos primeira loja de Rock do Conic e e outros assuntos da biografia da banda desconhecidas por muitos.
A idéia é fazer 23 perguntas separadas em blocos pra não ficar muito extensa Toda semana postarei uma parte, até totalizar as 23 perguntas.

Caso alguêm tenha alguma pergunta pra banda é só postar ai que será enviada e encorporada a essa entrevista.
O ARD pra quem mora em Brasília dispensa apresentações pra quem não conhece
www.myspace.com/ardhc
É uma entrevista pra resgatar um pouco da história desta banda e sua importância pra cena punk do DF divirtam se.

Saudações Gilmar é prazer te-lo em nosso zine. A banda tem 2 momentos distintos. Se formos considerar o Stuhlzapfchen Von N que nasceu em 1984 e mudou para ARD em 1989 ai serão 24 anos. Caso contrário, se separarmos as bandas teriam tempos diferentes. Pergunta o que te move pra estar a tanto tempo a frente do ARD?

Amarildo, obrigado pelo convite e entrevista para O Subversivo, é sempre um prazer poder falar do que gosto de fazer. Esta pergunta é complicada demais, mas resumidamente pensando, me sinto como aquele último moicano do filme, que acredita em coisas que poucas pessoas acreditam e que morrerá lutando para manter viva a idéia de viver pelo que acredita. ARD, apesar de na atual fase de vida que adotamos, a banda sirva mais como válvula de escape, ou como diz Rafael (guitarra solo): "futebolzinho do fim de semana". somos pessoas sérias e que acreditamos sobretudo na bondade humana e em uma eventual volta por cima. Por isso aliamos o discurso ao prazer de ensaiar e tocar, mesmo que tendo que pagar para isso, pois se buscássemos dinheiro não estaríamos aqui.

Por falar nisso que te motivou a montar o Stuhlzapfchen Von N e outra, porque você escolheu o Hardcore e não o Punk rock que já era mais difundido aqui em Brasília na época?

Montamos a banda, porque queríamos mostrar nossos anseios de desempregados, fudidos. Acabamos o ensino médio e ficamos a ver navios, sem ter o que fazer, nem para onde ir... A escolha do hardcore foi pelo simples fato de querermos soar novidade, diferente, mais agressivo, até porque as informações atuais era de um movimento que há muito tempo se corrompera, na verdade o punk rock na maioria das vezes, se resumiria à máxima publicada pelos Sex Pistols " grande farsa do R$R... e isso seria um paradoxo muito complicado para resolver naquela altura do jogo que pretendíamos.

Se minha memória não falha em 88 o Stuhlzapfchen Von N montou um estúdio pra ensaio em um prédio semi abandonado no Gama que acabou se tornando um ponto de encontro da galera, lembro-me que alem de vocês ensaiavam também outras bandas inclusive o Crematório lendária banda de death metal do gama. Parece-me também que esse foi o estúdio underground pioneiro de Brasília e a primeira vez que bandas punks e de heavy se juntaram.

Engraçado esse fato está tão claro na mente de um tosco que sequer lembra o nome(risos altos e gargalhadas histéricas)...Mas é verdade. Na salinha rolou muita coisa legal, mas também muita treta besta, beirando a infantilidade juvenil, mas deixou saudades. O mais forte mesmo foi o fato de termos apoiado o nascimento destas bandas e da idéia de união que tanto pregávamos em covers como United forces do SOD e composições nossas como Vamos Lutar do psyco Luiz Carlos. A parte rium é que hoje, são muitos poucos os sobreviventes daquela época que estão na ativa. Mas isso é seleção natural: "só os mais fortes sobrevivem” Darwin.

As mesmas bandas do estúdio foram convidadas pra tocar no lendário Bar Bom Demais intitulado “Gama invade as asas do poder” no projeto Rock Verão, onde bandas de metal e hardcore se juntaram pela primeira vem em um palco no DF, Stuhlzapfchen Von N (HC), Crematório (Death), Dia D (punk Rock), Kosomoskaia (Thrashcore), e Necrotério (HC). Lendária também tornou-se a grande pancadaria ao final da apresentação com a carecada. Dizem até, que foi neste show que a inimizade entres esses movimentos começou. Alem dos camburões da PATAMO para conter a confusão no Dia que memórias vc quarda desse show?

Cara, lembro bem do "bacu"...Todo mundo deitado no chão e os puliça pisando na galera, acho que escapei das pisadas,mas lembro vagamente de um tapão na orêia.. coisa mais comum naquele tempo..à procura de drogas,sob a alegação de controlar o consumo, os caras batiam mesmo, sem dó. No mais, também lembro que entramos no caminhão do Roberto Gogó e saimos voando em direção ao Gama. Sei que outras pessoas devem lembrar de mais detalhes,mas tenho a sorte de manter na memória apenas vagas lembranças de coisas desagradáveis vividas, isso me mantem forte e confiante. rsrsrsrs

O split LP “Ataque as hordas do poder” completou 20 anos de lançamento e ele tem alguns fatores que o tornam histórico. O primeiro LP de hardcore/punk do centro oeste, (reza a lenda que Bin Laden se inspirou na capa pro 11 de setembro). Primeira banda a gravar cover de outra banda de fora (Drunk with power do Discharge) em 86 cara!!, e outra vcs gravaram um cover de uma banda gothica alemã Grauzone “Der weg” inimaginável (desconhecida na verdade) até nos dias de hoje .Só com isso podemos concluir que o Stuhlzapfchen Von N era uma banda de vanguarda. Nos fale sobre este split sua concepção e se há algo ainda que não saibamos.

Eu fui o maior responsável pela idéia do split, sai de casa com a idéia na cabeça e uma mão na atadura, por haver provocado um acidente de trabalho de forma proposital, só para conseguir um atestado médico. Claro que um mês depois fui demitido do emprego (fiquei arrasado mas feliz por ter ido em busca do sonho que era conseguir um contrato. Até onde lembro, tanto o Podrão quanto eu, tivemos contato com o Chicão da Devil Discos e marcamos com ele que um de nós iria lá apresentar a idéia. Chicão aceitou na hora a proposta e só não lançamos um LP individual para cada banda,porque eu, acreditando na proposta de união e toda aquela idéia inocente, insisti para que fizessemos o split. No final das contas, sei que a estória poderia ter tido um outro viés, se cada um lançasse seu trabalho. Mas sem arrependimentos. É vivendo que se aprende...Muito foda foi saber mais tarde que estava rolando uma distribuição do material na Europa e que nossos direitos foram atropelados pela Devil em nome da ganancia.. Pobre Chicão,pensar que ir ganhar grana com a gente... hahahaha. Mais tarde isso seria crucial para decidirmos não continuar como contratos deles... claro que ele deve ter outra versão...

O ARD/Stuhlzapfchen Von N foi formado no Gama periferia de Brasília cidade com forte tradição na cena rock do DF. Aqui no Gama não havia divisão tão gritante entre punks, hcs, headbangers, góticos até os carecas e os Flower powers andavam juntos e havia respeito mútuo. Os músicos tinham mais de uma banda. Hoje não se vê isso com a mesma intensidade.

Depende muito do ponto de vista. Olha pro Juliano (mil bandas), Felipe CDC (duas mil bandas), Barbosa, etc. Posso afirmar, que apesar de tudo, esses núcleos eram mais setorizados. No Gama, Taguatinga, Plano Piloto, a galera se amontava em várias bandas, mais pela diversão do que por algo sistemático, talvez até estratégico, pois se houvessem mais bandas, haveria mais tempo de shows e etc...

O Split Lp “Ataque as hordas do poder” foi editado pelo selo paulista Devil Discos, que inclusive te apoio na idéia de abrir uma filial em Brasília da mesma. Sendo inclusive, a primeira loja de Rock instalada no Conic. Depois da Devil, o conic virou uma espécie de galeria do rock de Brasília. Que lembranças você guarda da loja que era ponto de encontro da cena naquela época muita gente comprou seu primeiro disco lá.

Antes de tudo, parabéns pelo comentário. Sonhava que um dia a loja seria realmente, comentada como a pioneira naquele inferninho que é e sempre será o conicão.... Só para ativar as memórias dos tiozinhos da época. A Rock House, no Cine Centro São Francisco, loja do Japonês Marcos, foi a pioneira no DF a vender produtos exclusivos para a galera do rock, depois veio o Irlandês que trazia encomendas e as exibia para vendas e babação em uma loja no Venancio 2000 (o nome tá longe na memória). Então surge a Devil Discos. Primeiro obstáculo: era terminantemente proibido executar música no interior da galeria, então ou a gente comprava urgentemente um par de fones de ouvido ou, como aconteçeu na maioria das vezes, o cliente comprava sem ouvir. Depois de 2 anos,sangrando para sobreviver aos pequenos furtos, emboscadas de gangues que no momento iniciavam os combates imbecís pelo poder, realmente até hoje, tento encontrar a razão e que poder era aquele que tanto se buscava, vei a inauguração da Berlin do amigo Reinaldo...2 anos depois a Devil fechou as portas e de desfêz de todo seu acervo em um grande queimão.. as dívidas eram muitos e os desvios aconteciam desde São Paulo o que tornou inviável sustentar todo o buraco deixado pela administração anterior, a burrada foi que, outra vez, em nome de uma suposta união de ideáis, resolvi assumir a continuidade da loja, mais como um sonho pessoal muito longo dos propósitos empresariais que todos buscam...
No mais, este foi um capítulo muito forte na cena underground do DF. Só para se ter uma idéia, a maioria das bandas que existem hoje e foram criadas naquela época, beberam na fonte da Devil Discos, alimentada mensalmente com novidades trazidas de Sampa por mim, à duras custas... Faria tudo de novo, sem constrangimento!!!!

quarta-feira, abril 09, 2008

Eliminatória do Duelo de Bandas 12 de Abril

Eliminatória do Duelo de Bandas
é sábado, dia 12 de abril.
Cumpra com seu dever e compareça ao Cine Itapuã do Gama!

Este combate você não pode perder! O Festival DUELO DE BANDAS teve seu início em 2005. O intuito da empreitada assumida na época pelo batalhador Kbça (vocalista, produtor de eventos e proprietário da loja Abriu pro Rock) era engajar novos grupos pauleira, chamando a atenção do público de Brasília e de outras cidades do DF e Entorno para a cena underground do GAMA, que é muito aguerrida, tanto que 32 bandas já se engalfinharam nas edições anteriores do Festival, entre duelantes de corpo-a-corpo e generalíssimas convidadas. No entanto, apesar da busca pela vitória, há honra na disputa e vencem aqueles que têm mais munição no dia para conquistar o público, que se rende através do voto direto para a banda preferida.

No ano de 2008, em sua quarta edição, o DUELO engrossou as fileiras. Os produtores resolveram fazer um pré-festival, intitulado Eliminatória do Duelo de Bandas, dando chance para que mais guerreiros do rock mostrem suas armas - dos 196 inscritos, 14 grupos participarão do primero confronto e 10 sairão fortalecidos para a batalha final, a ser travada em agosto.

O grande número de formações de ótima qualidade que se alistaram e não foram relacionadas nessa pré seleção levou a SM PRO ROCK, capitaneadora do DUELO, a decidir voltar com o projeto BRASÍLIA CAPITAL DO ROCK, para o qual muitas dessas bandas inscritas serão convocadas.

Sábado agora, dia 12 de abril de 2008, entrarão na arena do antigo CINE ITAPUÃ DO GAMA: Pazmmo, Trampa, Arcanjjo, Gilbertos Come Bacon, Phrenesy, Yacoby, Black Bulldog, Kábula, Mortaes, Selenita, Tótem, Inner Immensity, Dona Rubina e Etno. A ordem foi decidida por sorteio, com presença de representantes de 11 das 14 bandas e do Zine Oficial.

A Eliminatória do Duelo é uma batalha duríssima que começa pontualmente às 17 horas, com ingressos anunciados a R$ 7,00. Chegue cedo e dê força para sua banda favorita passar pela primeira etapa e chegar ao duelo final. Lembre-se sempre: Qualquer que seja o resultado, a vitória é do rock tocado com qualidade e com equipamento de som de primeira, sempre na paz que o só o sagrado barulho permite! Maiores informações pelos números (61) 9987-2802 e 3484-0132 ou pelo e-mail: duelodebandas@gmail.com.

Materia retirada do site www.zineoficial.com.br

sexta-feira, abril 04, 2008

Se Fôssemos vegetarianos?

Obs: Matéria retirada da Revista superinteressante
http://super.abril.com.br/superarquivo/2003/conteudo_124072.shtml



Se fôssemos vegetarianos, nossos ancestrais não teriam evoluído para seres humanos e até mesmo o mapa do Brasil mudaria.

Se nossos ancestrais não tivessem um dia preferido o bife à alface você não estaria lendo esta revista. Aliás, a revista nem existiria, porque ainda seríamos macacos. Foi o aumento no consumo de gordura e proteína animal, ocorrido há 2 milhões de anos, que possibilitou o crescimento do nosso cérebro poderoso até chegar ao tamanho atual, segundo Rui Murrieta, professor de antropologia biológica da Universidade de São Paulo. O cérebro humano consome um quinto da energia que ingerimos diariamente. Sem carne, que é uma fonte rica e instantânea de calorias, não conseguiríamos alimentar esse órgão gastão. Detalhe: isso era verdade naqueles tempos. Hoje em dia conhecemos vegetais que substituem a carne.

Mas não é só isso. Se não fosse pelo filé, o pessoal que hoje defende o direito dos animais e prega o fim do consumo de carne nem saberia como mobilizar. Nem eles nem ninguém. É que a caça foi um dos maiores incentivos para que o homem aprendesse a se organizar socialmente. Afinal, para caçar um búfalo era preciso reunir o pessoal, dividir tarefas e estabelecer hierarquias.
Na verdade, devemos até a agricultura ao consumo de carne. O homem começou a plantar há cerca de 10 mil anos, o que o fixou em um local e acabou com a vida nômade. Mas o pastoreio foi o primeiro passo para manter as pessoas em um mesmo lugar. Já que não precisavam sair toda manhã para ir atrás da caça, que estava no quintal, nossos ancestrais tinham mais tempo para cuidar da terra.

Mas e se decidíssemos abandonar o consumo de carne depois de evoluídos e assentados em cidades? Bom, aí as consequências dependem da época em que tomássemos a decisão. Se fosse no século 18, por ordem da Coroa portuguesa, isso poderia mudar o mapa do Brasil. Por volta de 1732, o governo português decidiu ocupar a Região Sul para evitar uma possível invasão espanhola. Doou fazendas - as sesmarias - em troca de ocupação. Foi nesses lugares que começou a criação extensiva do gado. "A criação de gado foi um importante elemento no processo de ocupação do Sul na segunda metade do século 18. A partir daí, Rio Grande do Sul virou Brasil", diz o historiador Fábio Kuhr, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sem o gado, a terra poderia cair em mãos espanholas. Ou seja, nada de Getúlio Vargas e Érico Veríssimo no Brasil.

E se a adoção da salada ocorresse hoje? E se fosse mundial? O impacto imediato seria na economia, pois o consumo de carne movimenta bilhões de dólares por ano no mundo. No Brasil, estados como Goiás, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, os principais pecuaristas do pais, perderiam receitas. Teríamos perdas de mais de 1 bilhão de reais em exportações por ano. Além disso, haveria queda no emprego e na renda de muita gente. A criação é a única fonte de receita para cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas sobre o assunto. Só para se ter uma idéia, o PIB da pecuária foi de 53 bilhões de reais em 2002. Prejuízo também para a indústria pesqueira, que produz 120 milhões de toneladas em todo o mundo.

Mas muito provavelmente o Brasil seria beneficiado pela mudança. Afinal, o mundo precisaria de grãos. E nós somos um dos maiores produtores de grãos do mundo (só que, atualmente, boa parte dessa produção é usada para alimentar rebanhos nos países ricos, acredite). "O Brasil é uma potência agrícola e poderia investir em produção de soja para fazer carne vegetal. Haveria a transferência da renda para outras fontes alimentares", diz o agrônomo especialista em pecuária José Vicente Ferraz.
O Impacto ambiental seria enorme. Atualmente, dois terços das áreas agrícolas são destinadas à criação. Isso dá espantosos 30% da terra disponível no mundo. Ou seja, sobraria espaço para plantar e a pressão sobre áreas preservadas, como a Amazônia diminuiria bastante. Mas é provável que o consumo de petróleo aumentasse (para fabricar fertilizantes, tecidos sintéticos e transportar áreas sem potencial agrícola), gerando uma crise energética).

por natureza, ou seja, nosso corpo digere vegetais e carne. Mas não dá para saber, com certeza, se a dieta vegetariana limita ou expande o crescimento, a saúde e a longevidade. Vegetarianos e defensores do bife têm as próprias verdades e é difícil achar pontos consensuais. "O vegetarianismo restringe o acesso a um grupo de nutrientes importantes que estão concentrados na carne. O homem foi feito para comer carne", afirma o nútrólogo Mauro Fisberg. Mas, para os vegetarianos o ferro e a proteína da carne podem ser substituídos por vegeteis "Uma dieta vegetariana reduziria o risco de doenças" diz o nutricionista vegetariano George Guimarães.
O fato é que, para abandonar a carne, precisaríamos saber mais sobre nutrição, porque viver sem bife exige cuidados, sob o risco e de ficar anêmico.
E teríamos que reeducar o paladar, porque muita gente não vive sem feijoada, moqueca ou churrasco.

Brasil descarnado

AMAZÔNIA
A criação de gado ocupa grande parte das melhores terras agrícolas brasileiras. Se o gado desaparecesse, ia sobrar terra para plantar. As áreas preservadas, como Amazônia, cerrado e Pantanal, ficariam em paz durante um bom tempo, sem desmatamento e queimadas

RIO GRANDE DA ESPANHA
Os portugueses ocuparam o Sul do país criando gado para fornecer carne e couro para o sudeste, onde havia mineração. Sem esse recurso, provavelmente o Rio Grande do Sul teria ficado sem ocupação e seria dominado pelos espanhóis

Mim qué comé alface

Há pouco mais de 2 milhões de anos, os hominídeos que viviam na Terra aumentaram o consumo de carne, uma fonte rica de energia. Foi essa potência extra que tornou possível a sobrevivência de hominídeos com cérebro maior, que consome mais calorias. Foi assim que nosso cérebro chegou ao tamanho atual. Esse órgão consome 20% da energia que consumimos. Sem a carne, ainda seríamos meio macacos.

sábado, março 29, 2008

Bandas selecionadas para o DUELO DE BANDAS

PAZMMO
http://www.tramavirtual.com.br/pazmmo

TOTEN
http://www.tramavirtual.com.br/artista.jsp?id=23897

INNER IMMENSITY
www.palcomp3.com.br/innerimmensity

ARCANJO
www.myspace.com/arcanjjo

DONA RUBINA
www.purevolume.com/donarubina

GILBERTOS COME BACON
http://www.myspace.com/gilbertoscomebacon

MORTAES
http://www.myspace.com/mortaes

TRAMPA
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=137778462

KABULA
http://www.rollapedra.com/kabula/

PHRENESY
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=209612840

SPIRITUAL CARNEGE
http://www.myspace.com/bandaspiritualcarnage

YACOBY
http://www.myspace.com/bandayacoby

BLACK BULDOG
http://bandasdegaragem.uol.com.br/hotsite/index.php?id_banda=8452

ETNO
http://www.myspace.com/etno

SELENITA
www.selenita.com.br

quarta-feira, março 26, 2008

Os Maltrapilhos Clip

Em primeira mão o primeiro video clip dos Os Maltrapilhos Musica PUNK ROCK

segunda-feira, março 24, 2008

Zine NFL nº18 pra Download


Ae pra quem não tem acesso ao zine NFL impresso pode baixa lo aki.

clica aki
http://rapidshare.com/files/102045034/NFLZINE18.pdf.html

para contatos:
NFL ZINE nflzine@hotmail.com

domingo, março 23, 2008

Festival YouTube

Alguns videos que gostaria de compartilhar. Alguns são repetidos mas... "vale a pena ver de novo"


Calango! é o filme da OZI Escola de Audiovisual de Brasília.
Prêmios recebidos:
AnimaMundi 2007
"Melhor Animação em Curso - 3º Lugar";
"Melhor Animação em Curso Brasileira"
Mais informações em: www.calangofilme.com.br

COLERA
Música: DEIXE A TERRA EM PAZ


Clip do ultimo cd do Colera vale e muito a pena ver esse filme.

É Nois 8 - Ninguém Fode Com Tonho Montana - 2007

Ultimo episódio do seriado mais badalado da net produzido pela galera do Cucão Filmes. é bom dizer que a cucão filmes já confirmou presença no CINE CHAOS.

RATTUS no festival Face do Chaos 4

Pra todos que estiveram presentes foi o melhor show. Galpãozinho perfeito local pra esse show historico.

Documentario GOTICO

Uma geral sobre o movimento Gotico.
Uns doidos passando trote na Universal


POENA no Festival Face do chaos 2

Que papo é esse de Papa?

Mais uma contribuição do Lelê faça como ele envei seus textos.

Pense no domingo de ramos e a entrada triunfal de Djízus Cruáisti em Jerusalém, montado num burrico e observado por um número considerável de pessoas de todos os matizes. Imagine a cena de Ratzinger no majestoso Papa Móvel. Vamos analisar somente as diferenças destas duas cenas.
Os judeus, nos tempos de Jesus, viviam numa organização teocrática (até hoje o Estado de Israel – sem constituição e uma cartografia indefinida pela crescente violação aos tratados internacionais- é um estado teocrático). Todo o desdobramento final da pregação política de Jesus demonstrava que ele não concordava que o alto clero, os Saduceus, se locupletassem com o Estado Romano. Os evangelhos canônicos, embora recheados de propaganda romana, deixam claro que já havia se fortificado esta relação. Roma se utilizava do poder dos chefes religiosos para manter o povo manso e submisso.

Era contra este projeto que se insurgia Jesus, ao querer não revogar, mas fazer com que se cumprisse a lei. Jesus tinha como seguidores alguns homens que eram terminantemente contra esta política. Judas Iscariotes era um zelota e era um deles. Tinha um papel importante ao lado do Mestre, era seu tesoureiro e foi por ele escolhido para ser protagonista em um papel teatral, conhecido como a Paixão de Cristo; muito inspirado, com todos os elementos e a indisfarçável sintaxe da tragédia grega.

Por sua luta contra os pelegos judeus e por ter se portado como um zelota revisionista, Jesus foi entregue aos romanos para ser morto, acusado de sedição. Recebeu uma condenação romana. O julgamento de Cristo foi uma clara demonstração de que os líderes judaicos intervinham para silenciar os sediciosos, havendo, portanto, uma aliança do império com estes líderes para que tudo ficasse em ordem. Jesus estava justamente ao lado de zelotas (Judas, por exemplo) e essênios (como exemplo, João Batista), ambos terminantemente contra os invasores romanos. Os zelotas praticavam terrorismo, assassinando os que não lutavam contra esta abjeta aliança. Judas Macabeu foi o grande nome deste grupo nacionalista, Judas Iscariotes um exemplar expoente, Massada – a fortaleza romana – o símbolo da última grande batalha crística, por assim dizer.

Voltemos ao Papa bávaro. A igreja de Ratzinger existe justamente porque fez uma aliança com o Império Romano. E exerce exatamente o mesmo papel da igreja judaica que entregou Cristo aos verdugos; não, não. A igreja de Ratzinger tem mais poderes, mais dinheiro e mais prestígio.
Nos evangelhos não há uma única citação em que Roma é vista como assassina, invasora e perseguidora de Cristo e de cristãos. Pelo contrário, encontramos estranhas passagens como a do Centurião de Cafarnaum em que colocam na boca de Cristo estas bisonhas palavras: “nunca vi um homem de tamanha fé”! Não há de se estranhar que Cristo curou todo tipo de gente e tenha encontrado, justamente em um centurião romano, um homem da maior fé! Embora a crucificação seja uma condenação exclusivamente romana naquelas paragens, os evangelhos dizem que não foram os romanos que mataram o Cristo. Enfim, propaganda.

O Papa bávaro, ao desembarcar no Brasil, entrará numa cidade maquiada. Tiraram os mendigos, as prostitutas e os leprosos do caminho do papa. Afinal de contas Ratzinger não é Cristo. O Papa, que é um monarca (Jesus não era rei nem descendia de rei, quem descendia de rei era José, que segundo os evangelhos não era pai de Jesus; atentai bem!), chegará com seu séqüito e seus valetes, desfilará pelas ruas como um pop star e terá as mais maravilhosas acomodações, como se tratasse do próprio Rei Salmão. Ratzinger sufocou a Teologia da Libertação, os zelotas de Cristo.

O Estado do Vaticano, apesar de ser o menor é um dos mais ricos Estados do mundo, foi ratificado como tal pelo déspota Benito Mussolini em 1929 (!!!), é uma monarquia absolutista e o seu soberano não deve satisfação a nenhum parlamento; conspirou contra o comunismo no leste europeu e na Rússia, se locupletou com a Máfia Italiana (atentai para O Poderoso Chefão) e serviu, aqui e alhures, a diversos poderes imperialistas. A Igreja estava nas caravelas com os portugueses e os espanhóis. A Igreja promoveu cruzadas contra os árabes, na busca da hegemonia imperial, sempre com a ajuda dos Estados imperialistas. Ou seja, a igreja de Ratzinger é a mesma que Cristo já havia condenado há dois mil anos! Portanto, é a Igreja do Anti-Cristo.

Num texto que coloquei aqui no blog chamado “Jesus é um mito, Gorete”, conto como o cristianismo da igreja de Roma é uma compilação de outras religiões pagãs, orquestrado para a fundação de uma igreja que atenderia aos mais diversos matizes culturais e alicerçada na administração romana. Agora vos apresento algumas imagens deste ecumenismo às avessas, deste paganismo compilado: Na praça central do Vaticano tem um gigantesco obelisco, este objeto fálico é egípcio (mais uma pilhagem da igreja), o vaticano é um cemitério onde os príncipes papais são enterrados, igualmente a configuração de uma pirâmide egípcia como tumba de faraós. No alta-mor de São Pedro tem uma magnífica estátua em bronze de Pedro sentado em uma cadeira, essa é exatamente a mesma estátua que ficava no panteão em Roma, era a estátua de Júpiter. Júpiter, como todos sabem, era um dos deuses pagãos da Roma Antiga e era chamado de “pater”, ou pai em latim. Templo da idolatria, o que não falta no vaticano é estátua: de santos, de anjos, do Menino Jesus, de Maria e pinturas de deuses pagãos, como Isis e Mercúrio, mantidas na Biblioteca do Vaticano; só falta uma réplica do Bezerro de Ouro! Velas e incensos queimam diuturnamente, como se se tratasse de um templo hindu ou budista, os vinhos são alegóricas libações ao deus Baco, filho de Júpiter etc. As citações são vastíssimas.

Cristo, ao entrar com o seu burrico na Cidade Santa, deixa claro qual era o seu projeto religioso. Ratzinger, toda vez que entra numa nação com o seu Papa Móvel, deixa claro qual é o seu projeto político!

Lelê Teles, atual Brasília ex-gama city.

quarta-feira, março 19, 2008

Valhalla procura vocalista


Mudança de formação na banda brasiliense Valhalla, segue comunicado do grupo...

" A Valhalla anuncia a saída da vocalista Michelle, por motivos pessoais.Ela deixa a banda para se dedicar a outras prioridades, aproveitamos a oportunidade para agradecer publicamente a sua contribuição à banda por longos 8 anos e apesar de sua saída, nossa amizade continua.
Vocalistas que tenham interesse, disposição e que queiram levar o trabalho da Valhalla adiante entre em contato por scrap, depoimento ou e-mail: val_hallaband@yahoo.com.br"

sábado, março 15, 2008

Estamira (Nova banda das ex-Poena)

Para quem gostava da extinta banda Poena ludmila manda boas noticias.

Banda Estamira: Nova banda das ex-Poena Ludmila Gaudad (vocal) e Clarissa Carvalho (guitarras). Neste novo projeto, as duas se juntam a mais quatro amigas e fazem um som que procura ser pesado, de qualidade e original.
Os shows devem rolar agora em 2008. Aguardem!

Integrantes:
Clarissa Carvalho - Guitarra
Kallyfa - Bateria
Ludmila Gaudad - Vocal
MAnu Castro - Baixo
Sara Lee - Guitarra
Suzi - Vocal

Contatos:
www.fotolog.com/bandaestamira
orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=40013025
email: bandaestamira@gmail.com

quinta-feira, março 13, 2008

Agenda (contra)cultural: Semana Caga-Sangue!


Quinta, dia 13:
Exibição do DVD Caga-Sangue Thrash e o Mistério da Pica de Madeira.
Balaio Café, 201 norte, 18:30. Horário de cinema, sem atrasos. Apareça lá e leve a família.

Sexta, dia 14:
Cocktail Caga-Sangue, no Parque da Barragem hoje emancipado como Águas Lindas do Goiás. 20h, na Apoal. Show com bandas barulhentas. Leve comes e bebes para o lanche comunitário.

Sábado, dia 15:
Thrash Core Fast, em Goiânia. Conexão Pequi com o Caga. No Capim Pub, 16h. gente feia, thrash e pamonha.

Domingo, dia 16:
Caga-Sangue Thrash - o Chamado de Joaquim Extremo. No submundo do Conic. 15h. Entre putas, mendigos e o exército de ratos, todxs xs doidxs reunidxs para celebrar all night long (até as 22h)

Leia aqui o release do Caga e confira como a falta de talento não impede a gente de fazer as coisas: www.dfhardcore.blogspot.com

valeu.
Coletivo Caga-Sangue.

terça-feira, março 11, 2008

Vi esse clipe feito por um fã do Lupercais e resolver postar aqui.



ou www.myspace.com/lupercais

sábado, março 08, 2008

Diário de Simone de Beauvoir em sua passagem pelo Brasil

Materia retirada do Jornal Correio Brasiliense de hoje http://www2.correioweb.com.br/cbonline/cidades/pri_cid_196.htm

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e ao centenário do nascimento de Simone de Beauvoir (1908-1986), o Correio publica os principais trechos do diário brasileiro da dama do feminismo. O diário de Simone é um documento precioso. Com rigor de antropóloga e palavras de escritora, ela anotava tudo o que via pelo caminho. São 50 páginas de impressões sobre as cidades brasileiras, os costumes, as misérias e os preconceitos contra a mulher. Os relatos estão publicados no livro Sob o signo da história, esgotado no país desde 1965 e sem perspectiva de retornar às prateleiras...

Trechos dos relatos da escritora sobre a viagem pelo Brasil

Desembarque
“Eles não estão conseguindo descer o trem de pouso”, disse-me Sartre. Pensei: “Conseguirão?”. Nada de mal podia acontecer àquela hora, sob aquele céu, no limiar de um continente novo.

Sabores
Bebi a minha primeira batida: uma mistura de cachaça e suco de limão... Conheci também o sabor do maracujá – a fruta da paixão – cujo suco de uma rica tonalidade amarela enchia as garrafas. Amado encheu meu copo de suco de caju: pensava, como eu, que é pela boca que, em grande parte, se conhece um país...

As brasileiras
Falei sobre mulheres em uma grande sala diante de damas paramentadas, que pensam exatamente o contrário do que eu dizia. Uma jovem advogada, porém, agradeceu-me em nome das mulheres que trabalham.

Machismo
A condição das mulheres brasileiras é difícil de definir: varia segundo as regiões. As grandes cidades industriais do Sul são mais liberais… No Nordeste uma moça, mesmo que viva numa favela, não tem nenhuma possibilidade de casar-se, se não é virgem.

Injustiça
No Brasil, quando um homem morre, só a primeira esposa é legatária: a companheira que compartilhou de sua vida, sem contrato oficial, nada herda.

Fome
No Recife, há um mendigo sob cada palmeira, mas naquele ano chovera e os camponeses dos arredores tinham raízes para roer. Nos períodos de seca, eles se abatem sobre a cidade. São 20 milhões de homens que agonizam de fome crônica, em árido polígono de extensão da França.

Filosofia baiana
Amado mostrou-nos as ruas comerciais da Cidade Alta. Na porta da Universidade, lia-se: Filosofia em greve.

Mercado moreno
Os eflúvios do óleo de coco misturavam-se com o cheiro de salmoura; nos barcos ou em terra firme, ia e vinha uma multidão de homens e mulheres, cujas peles, do chocolate ao branco, passavam por todos os matizes do moreno.

Mãe-de-santo
Aqui a religião serve aos pobres e não aos ricos... Advertida de nossa visita, a- mãe-de-santo apresentou-se em sua mais bela vestimenta: saias, anáguas, xales, colares e jóias. Era viva, tagarela e maliciosa. Consultou os búzios para saber de que espírito dependíamos: Sartre era Oxalá e eu, Oxum.

Filhas-de-santo
O automóvel nos levou, à noite, através dessas montanhas russas que são os subúrbios da Bahia, até as casas longínqüas, onde rufavam tambores... Uma jovem negra terminava o ciclo de sua iniciação. Cabeça raspada, vestida de branco, permaneceu deitada no chão durante toda a primeira parte da noite. Gemia, ligeiramente, o olhar fixado no invisível, presente e ao mesmo tempo longe, como meu pai em sua agonia. Por fim, entrou em transe, retirou-se e voltou transfigurada por uma alegria misteriosa.

Redenção
Fiz a pergunta clássica: “Como se explicam esses transes?”. Esses fatos nada têm de patológico, são de ordem cultural; encontram-se, análogos, em toda parte em que os indivíduos estão divididos entre duas civilizações. Constrangidos a se curvar ao mundo ocidental, os negros da Bahia, outrora escravos, hoje explorados, sofrem uma opressão que vai até a desapossá-los de si mesmos. Como defesa, não lhes basta preservar seus costumes, suas tradições, suas crenças. Então, cultivam as técnicas que os ajudam a se arrancar, pelo êxtase, da personalidade falsa em que os aprisionaram. Exatamente no momento em que parecem perder-se é que se reencontram: possuídos sim, mas por sua própria verdade.

Inferno em Itabuna
Gastamos três horas para chegar ao fim da estrada, cheia de barrancos… Entramos em um recinto pouco iluminado, onde mulheres extenuadas amassavam, com seus pés nus, folhas de fumo; ao odor ocre juntava o cheiro das latrinas, onde amontoados de imundícies se decompunham ao sol. Tive a impressão de um inferno, com mulheres condenadas a patinar sobre os próprios excrementos.

Rio de Janeiro
Toda a cidade se convulsiona em morros e pães de açúcar, atravessados, subterraneamente por avenidas. Esses montes são cobertos de verde; a floresta invade a cidade que o oceano também sitia: nenhuma outra grande cidade pertence tão inteiramente à natureza.

Mulatas
Um domingo, subindo uma nova avenida, cortada por um canal, notamos homens de camisa cor de rosa, amarelas, verdes (que é a cor favorita dos brasileiros) conversando e rindo com mulheres, debruçadas aos cachos nas janelas de grandes casas baixas. Pelas portas entreabertas, vimos sentadas, em escadas, belas mulatas em roupa de banho. Nada de clandestino, às claras.

Morro da Babilônia, Leme
Miséria, sujeira, doença, a mesma coisa que em todas as outras; porém com uma particularidade: lá morava uma religiosa, irmã Renata, filha de um cônsul francês. Surpreendeu-nos por sua inteligência, sua cultura e seu bom senso materialista. “Falaremos de Deus a essa gente, quando tiverem água... Primeiro o esgoto, e a moral depois. São acusados por uma porção de crimes, mas acho que, nas condições em que vivem, até os cometem pouco.”

Drogas
Na mesa de irmã Renata, havia um grande livro sobre a maconha: homens e mulheres intoxicavam-se na favela. Aos sábados à noite, celebravam macumbas muito diferentes da Bahia...o transe era uma aventura individual e não coletiva, os iniciados queimavam-se e feriam-se... No domingo de manhã, Renata os medicava.

Zélia Gattai
Tinha personalidade e calor, observação aguda e conversa viva; achei sua presença tônica e era uma das raras mulheres com quem eu ria.

Oscar Niemeyer
Niemeyer morava nas alturas, em uma mansão, obra sua, que mais parecia uma escultura abstrata do que uma casa: um telhado cobria o terraço e o estúdio abria-se inteiramente, sob o céu. Ofereceu-nos gim-tônica e conversamos como se nos conhecêssemos há muito tempo. Construir, em todos os seus detalhes, uma cidade é, para um arquiteto, uma extraordinária oportunidade; ele estava satisfeito com JK por lhe ter ferecido essa oportunidade e tê-la sustentado contra todos e contra tudo.

Bossa nova
Encontramos (na casa de Cacá Diegues) um bando de moças e rapazes da bossa nova… Sartre disse-me, ao sair, que diante das moças sentia constrangimento. Olhava, com encanto, o rosto agradável e as formas generosas e verificava que estava olhando uma menina de 13 anos!

Neuroses masculinas
Passamos a noite na fazenda do diretor do Estado de São Paulo. É um jornal da direita, mas bem diferente dos do nosso país… Durante o jantar, M. (Júlio Mesquita) atacou as mulheres que fumam: o fumo exaspera, segundo ele, as neuroses do nosso sexo. Sua mulher, que parecia ter os nervos bem no lugar, conduziu-nos aos grandes quartos antigos preparados para nós.

Ciúmes?
Sartre tornou-se muito popular entre os jovens...Em todas as esquinas nos abordavam. “Que pensa a seu respeito, Monsieur Sartre?”, perguntou-lhe uma jovem no fim de uma conferência. “Não sei”, respondeu ele, rindo. “Nunca me encontrei”. “Que pena para o senhor”, disse ela.

A caminho da capital
Niemeyer prometera enviar-nos de Brasília uma perua e um motorista — ninguém apareceu, a viagem começava mal... Enfim, o carro surgiu, conduzido por um homem de bigodes… No caminho, compreendemos a razão de seus atrasos. A mala do carro estava cheia de relógios e jóias. Acumulava as funções de motorista e de polícia, o que facultava frutuosos contatos com um tipo de trabalho muito importante no Brasil: os contrabando. Confiscava-lhes, ou comprava-lhes a preço baixo suas mercadorias, que os habitantes de Brasília, isolados do mundo, adquiriam a preços caríssimos...

Brasília
À noite, enfim, chegamos a Brasília. Uma maquete em tamanho natural. Essa falta de humanidade salta logo aos olhos… Só se pode circular de automóvel… A rua, esse lugar de encontro entre moradores e turistas, lojas e residências, sempre imprevista — a rua, tão cativante em Chicago como no Rio, por vezes deserta e sonhadora, mas cujo silêncio é vivo. A rua em Brasília não existe nem existirá.

Palácio da Alvorada
Muito longe, no mínimo a 10km, ergue-se o Palácio da Alvorada, onde reside o presidente... Em um lago, duas ninfas de bronze ocupam-se em se pentear: dizem que elas representam as duas filhas de JK arrancando os cabelos porque relegadas a Brasília.

JK
Tivemos com ele, em seu gabinete, uma breve conversa, bastante formal. Ele encara Brasília como obra sua, pessoal. Na Praça dos Três Poderes há um museu consagrado à história da nova cidade. Dir-se-ia uma escultura abstrata; simples, inesperado e muito belo; infelizmente, de uma das paredes, surge, em tamanho maior que o natural e verde, a cabeça de Juscelino.

Cidade livre
A impressão é de uma cidade do faroeste...a calçada é uma confusão; pisam-nos os pés, a poeira avermelha nossos sapatos, entra em nossos ouvidos, irrita nossas narinas, arranha nossos olhos, o sol nos castiga. No entanto, nos sentimos felizes, porque nos reencontramos na terra dos homens.

Risos
Freqüentemente acontecem incêndios; a madeira, naquela secura, inflama-se com rapidez; pouco antes de nossa chegada um quarteirão pegara fogo; não houve vítimas, mas viam-se, por toda parte, escombros, destroços, móveis enegrecidos, sucata, colchões rasgados. Esquecíamos, porém, essa tristeza, vendo pelas ruas, da Cidade Livre os candangos abraçando-se e rindo. Eles não riam em Brasília.

Mito ou monstro
Jorge Amado reconhecia que Brasília era um mito...Guardo a impressão de ter visto nascer um monstro, cujo coração e pulmão funcionam artificialmente, graças a processos de um custo mirabolante.

Sozinhos na Amazônia
Sartre não tinha vontade de ir à Amazônia, onde ninguém nos convidara, aliás. Sobrevoei o Amazonas ao mesmo tempo arrebatada e despeitada, pois sabia que não voltaria a ver nenhuma daquelas coisas.

Pressa de voltar
Eu já não mais podia sustentar-me em pé; a terra parecia ter febre, Deitei-me. “Vamos partir mesmo assim?”, perguntou-me Sartre. Sim! Ah, sim! Eu tinha pressa de chegar a Recife e a Paris.

Miséria
Durante dois meses, amei o Brasil. Amo-o ainda. Naquele momento, porém, quase cheguei ao ponto de gritar contra a seca, a fome, contra toda aquela angústia, aquela miséria. Ardi em febre. Pela manhã, cometi a imprudência de chamar um médico. Diagnosticou tifo... Mandou me remover para o hospital de doenças tropicais.

À moda antiga
A eternidade durou sete dias. Disse ao médico que queria partir.. . As irmãs T. (Cristina e Lúcia Tavares) ofereceram-me sua casa em Recife. Passei três dias em um quarto mobiliado à antiga. O calor me sitiava. Uma noite, o médico viria me visitar. Disse a Sartre e às irmãs T. que fossem jantar. Elas se recusaram: não se deve deixar um homem sozinho com uma mulher, mesmo da minha idade, em uma casa.

Adeus
Na noite de nossa partida, um vendaval varria o aeroporto. Durante horas, embotados, sonolentos, esperamos que acalmasse. E enfim embarcamos.

sexta-feira, março 07, 2008

Bomb It - The Movie (Trailer 1)

Obs: a banda de hardcore Brasiliense ARD participa da trilha sonora deste filme. Bomb It é o primeiro filme confirmado para o CINE CHAOS Mostra de cinema e video independente .


A bomba da contra-cultura
Bomb It é provocador ao discutir a expansão do grafite e sua eficiência como arma de protesto

JULIO LAMAS ESPECIAL PARA O SITE FINO DA MOSTRA

A pichação não é tema incomum na história. É sabido que os romanos pichavam os muros cidade com gravuras que parodiavam a vida de aristocratas e políticos. Os gregos deixavam mensagens nas colunas do Parthenon, algo que, infelizmente, alguns turistas vândalos fazem até hoje nos ricos sítios arqueológicos. Sem falar dos nazistas que pichavam a casa dos judeus, simplesmente para facilitar a perseguição da SS e da Gestapo. E quando Reagan disse "Tear down this wall", lá estavam pichadas mensagens clamando por integração e liberdade.

Na cultura pop, dos nomes nos banheiros públicos aos nomes que estão no túmulo de Jim Morrison no Pere-Lachaise, em Paris. Na política, quando picham "viva la revolución" nas ruas da Havana de 1960, ou "fora Bush" nos prédios da Paulista nos dias de hoje, lá está. Até Costa-Gavras faz referência à pichação em Z (1961), quando manifestantes estampam a letra que simboliza "ainda vive" no asfalto, protestando contra a ditadura militar na Grécia.

E para mostrar isso, e ir além, Bomb It aborda a pichação, também como criação artística de vanguarda, o mal compreendido grafite.

Ao retratar o peso do grafite como questão para o debate público nos espaços urbanos contemporâneos, o filme elucida a sua propagação como forma de expressão e auto-afirmação. Além disso, propõe uma rasa análise das grandes metrópoles mundiais e suas contradições sociais na era da globalização.

Inicialmente, o documentário conta as origens do grafite como forma marginal de expressão na história moderna. Nos Estados Unidos, por exemplo, as pichações aparecem a partir do fim do século XIX e começo do século XX, com a vinda de imigrantes irlandeses e italianos que formavam gangues e usavam a pichação para demarcar seus territórios de controle, como acontece até hoje. Desde então, a pichação e o grafite estão associados à ascensão da criminalidade e ao vilipêndio do espaço público. Bomb It mostra como reacionários condenam o grafite para exercitar sua xenofobia e classicismo contra as minorias pobres.

Esse passado criminoso do grafite, a pichação, impede, até hoje, a sua legitimação como arte pela parte conservadora das sociedades modernas. Em Nova York e Los Angeles, o grafite ainda é combatido como crime, reprimido nas ruas e nas estações de metrô. No entanto, é evidente a sua consolidação como identidade, tanto cultural como comercial através da música e da moda hip-hop. O grafite lentamente ocupa espaço no capitalismo e nas galerias de arte.

Bomb It mostra como o grafite adquire diferentes facetas em outras cidades. Em Barcelona, assim como em Amsterdã, os grafiteiros sentem a necessidade de prosseguir com as evoluções estéticas atribuídas a compatriotas no passado. Na Cidade do Cabo, capital África do Sul o grafite se tornou num ponto de integração entre brancos, negros e crioulos, após o Apartheid. Em Tokyo, no Japão, onde o espaço público é sagrado, tenta-se colocar em pauta as questões da autonomia feminina e da emancipação cultural de maneira discreta, quase escondida.

Já a São Paulo apresentada em Bomb It é um caso a parte. A cidade é retratada como é: sem ordem e caótica. O grafite aqui se torna mais um reflexo da nossa famosa “desigualdade”, um prato cheio para os pragmáticos de plantão. A máxima fica por conta dos artistas Os Gêmeos, que ressaltam o axioma paulistano de que "aqui não se vive, se sobrevive".

O documentário provoca a excitação do público com a sua trilha sonora que vai do hip-hop e electro ao hardcore de Rage Against de Machine, aumentando e dialogando com grande impacto visual garantido pelos melhores artistas do grafite no mundo. Bomb it é uma pequena surpresa na 31ª Mostra, e um dos poucos filmes que vi sendo aplaudidos no final da sessão.

BOMB IT
(Bomb It, EUA)
Direção: Jon Reiss
Perspectiva 2007 94 min

terça-feira, março 04, 2008

Caga sangue Thrash Release do show


Domingo, dia 16 de março, às 18h, no submundo do Conic. Show com as bandas Violator, D.E.R. (SP), Desastre (GO), Orgy of Flies (GO) e Low Life.

Release:
Inverno de 1958. Na vila do Capricórnio, caçadores de Centauro encontram uma criança recém-nascida em plena Floresta do Paranoá. Devido aos ossos que saltavam de sua testa o menino é deixado para morrer sozinho. Março de 2008. Passados 50 anos, chegou a hora de Joaquim Extremo cumprir a missão a qual foi destinado: reunir todos os loucos do underground do DF em uma celebração à resistência em forma de circle pit e insanidade. Quando o olho de thundera surgir no horizonte e a pica-de-madeira apontar a direção, largue tudo que estiver fazendo. Trabalho, família, estudos. Nada disso importa. É hora de atender ao...

Caga-Sangue Thrash:
O chamado de Joaquim Extremo.


A unha encravada em forma de show está de volta daquele banheiro sujo para mais uma sessão de toscaria e falta de noção. Pra quem sabe que gente feia faz música melhor: Caga-Sangue Thrash! Circle pit & vela preta! Seguimos na resistência contra as óticas e livrarias de crente. Eles já levaram o Açaí e o Ritz, mas não nos levarão. Dessa vez, subvertendo o sistema, nos manteremos no submundo do Conic. O lugar escolhido não poderia ser outro a não ser o Ponto Diversões, antigo Bar dos Encontros. Espaço para encontros familiares e casa do Caga desde 2004. O espírito também continua o mesmo: Do-it-yourself e United Forces. Thrasheiros, Punx, Hardcores, Headbangers, Grinderos, todos são bem vindos para dar stage dives, bangear suas cabeças feito loucos e correr em círculos!

O Chamado de Joaquim Extremo dá início à uma saga dividida em cinco episódios e que deverá ter seu último ato em 2011. Vamos ver quem vai durar até lá. Trata-se, além de uma comemoração de toda essa piãozice que tanto amamos na cena de Brasília, uma homenagem à devoção e resistência de todos aqueles que manteram o punk e o metal vivos na cidade nos últimos 20 anos. A estranha figura tosca de Joaquim Extremo representa todos os valores os quais apreciamos e espelhamos o Caga-Sangue Thrash. Como todos sabem, o Caga-Sangue é uma reunião de desajustados sociais. Se você se sente desconfortável no seu trabalho, deslocado na escola, ou que não pertence às reuniões da sua família, não se preocupe, nós também.

Na trilha sonora, o melhor do Parque da Barragem e uma fina seleção de Dance Music de puteiro comandadas pelo DJ Batera. Merchanda Carlos, Sugão da Chapa e Marcos Blackfire, os três supervisores de coreografia te convidam a bailar. Apresentação de Ivan Gordinho e Dudu Almôndega. Tragam todo e qualquer tipo de parafernália insana! Quem terá a audácia de ganhar a coroa de Miroswaldo no concurso de muleque mais feio do Caga? Contribua com a nossa macumba, venha fantasiado, leve pranchas de surf, shapes de skate, tire a roupa, vistam capacetes e avisem o homem-bala! O importante é se divertir e mandar tomar no cu quem não quer. Derrubar todos os seus muros e todos muros entre metal e punk. Um entendimento político das cenas e da prática DIY são preocupações constantes de quem faz o Caga-Sangue. Então, dessa vez, haverá distribuição de textos sobre cena underground, política e como essas duas coisas podem se relacionar.

Cada uma das bandas convocadas por Joaquim Extremo no seu chamado representam um dos estilos da cena DIY que infestam o underground. Voltando pra casa, o Violator estará lá pelos thrasheiros. O D.E.R. vem de São Paulo para os grindeiros. O Desastre faz a vez dos punks. Os deathbangers estarão em boas mãos com o Orgy of Flies e, debutando no Caga-Sangue, o carisma do Low Life como representantes dos crossovers. O show tá marcado para às 15 horas e começa cedo. Se você se atrasar por qualquer motivo, você se fodeu. O Caga, dessa vez, tem horário pra terminar. A hora propícia para que todos aproveitem as maravilhas do transporte público no DF e as delícias culinárias da Rodoviária do Plano Piloto. O ingresso é 10 lascas, sabemos, honestamente, que não é melhor o preço, mas é o valor mais baixo que podemos cobrar para pagar todas as contas com um prejuízo pequeno. Lucro não é nosso objetivo! Então, espalhem o chamado e façam essa rede chamada Underground funcionar. A cagada vai começar e esperamos que Joaquim saia vivo dessa.

Sobre as bandas:
Violator: Thrasheiros Maníacos! De volta aos bueiros de Brasa City depois de uma turnê de 5 meses que passou por boa parte dos buracos de toda a América do Sul, o Violator fecha com chave de merda o Chamado de Joaquim Extremo. A última vez que os Violas tocaram em um Caga-Sangue foi em 2004, na noite que marcou de vez a união das cenas thrash e hardcore em Brasília. Unidos para o Thrash!

D.E.R. (SP): Loucos do Grind! Comandados pelo carisma e o cofrão de Thiagon Dãr, o Desordem e Regresso pisa pela segunda vez no Conic para mais uma sessão de blasting beats, urros guturais e cavalos mancos. Toda aquela combinação feroz que faz do grindcore o mais antipático e amado dos subgêneros do underground. Não percam a performance de Barata Machine Man! Pecado, Rendição, Castigo e Diversão!

Desastre (GO): Up the MetalPunx! Para divulgar o mais novo CD 'Procurando Saída', Wilton Miklos e sua trupe de punks loucos por Motörhead descem da terra do Piqui para mais um Caga-Sangue. Cada vez com mais flertes e fluidez entre thrash, d-beat, hardcore escandinavo e rock 'n' roll, os Desastres vem mostrar porque são uma das bandas mais queridas entre metaleiros e punks do DF! A ordem é o Caos!

Orgy of Flies: Satanic Death Metal Legions! O lado mais malvado dessa edição do Caga-Sangue fica por conta de três figuras tranqüilas oriundas da cidade de Formosa, interior do Goiás. Death Metal Old School, como há muito tempo não víamos, em forma de um dos melhores shows de todo o Centro-Oeste. Impossível não bangear após um daqueles 'UH!' típicos de Tonico Guerreiro. Férias Eternas no Inferno!

Low Life: Crossover Corrosivo! Para dar início ao Chamado, toda a fúria e carisma bandaneiro dos piadistas, dançarinos e dubladores do Low Life. Com a mais bela demo lançada no ano de 2007, esses arrombados já tomaram de assalto boa parte do underground. Você está convidado para correr feito louco em círculos isso senão faltar ar com uma das piadas sem-graça do Dudu. Morra com Fogo, Pedaço de Cocô!

O que é o Caga-Sangue?
O Caga-Sangue Thrash surgiu em 2004 a partir da mente maligna de Capitão Barbosa. A idéia por trás desse show é recuperar um pouco da insanidade, animação e espontaneidade no underground. Nos últimos anos a cena hardcore/metal se transformou em um reduto em que as pessoas devem ser sérias. É preciso ser malvado e cara fechada pra curtir som. Além disso, valores quase burgueses passaram a ser estimulados na cena. Tudo muito arrumado, bonitinho, fotos em lugares ricos. Que merda, a gente é feio e pra nós isso é um valor. Atitudes políticas podem estar ligadas a diversão. O underground sempre foi lugar pra ações diferentes e não pra ficar reproduzindo o que o resto das pessoas acha bonito ou admirável. Hoje somos um coletivo e acreditamos na produção DIY como uma maneira prática de vivermos alguns de nossos sonhos e pelo menos em algum aspecto não termos nossas vidas ditadas pelo dinheiro e status.

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Resumindo:
CAGA SANGUE THRASH 2008 e o chamado de Joaquim Extremo.
Violator, D.E.R. (SP), Desastre (GO), Orgy of Flies (GO) e Low Life.
Domingo, 16/03/2008. Submundo do Conic (mantendo a tradição)
A partir das 15 horas, término às 22 horas.
Entrada: 10 mangos
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Por favor: sem treta, sem nazi e sem deus!

Coletivo CAGA-SANGUE

Apoio:
ME estúdio 3355 6694
FTS Estúdio www.myspace.com/fxtxsx
Rebellion Stamp – http://www.rebellionstamp.com/
RAW recs. - rawrecs@gmail.com
Underground Ways – http://ralacoco.radiolivre.org/
Dirty Job Distro – dirtyjobdistro@hotmail.com
DF Hardcore – http://www.dfhardcore.blogspot.com/
GBG Discos – www.myspace.com/gbgdiscos